Em um dia marcado por reivindicações trabalhistas e protestos contra políticas neoliberais, milhões saíram às ruas no Brasil, Cuba, Bolívia e México. No centro das pautas: fim da escala 6×1, redução da jornada e solidariedade à Palestina.

Nesta quinta-feira (1º/05), milhões de trabalhadores em todo o mundo tomaram as ruas no Dia Internacional do Trabalhador. De São Paulo a Havana, as manifestações destacaram pautas como melhores condições trabalhistas, redução da jornada e solidariedade internacional — especialmente à Palestina. No Brasil, o movimento Vida Além do Trabalho (VAT) liderou protestos contra a escala 6×1, enquanto Cuba exigiu o fim do bloqueio econômico dos EUA.

BRASIL: “CHEGA DE ESCRAVIDÃO MODERNA”

  • Foco na escala 6×1: Manifestantes se concentraram na Avenida Paulista, em São Paulo, contra a jornada exaustiva que permite apenas um dia de descanso por semana. Priscila Santos, coordenadora do VAT, denunciou: “Isso afasta a gente da família, da saúde, dos sonhos… É uma escravidão”.
  • Entregadores de aplicativo protestaram no Viaduto Tutóia, em São Paulo, com faixas como “Ifood, Rappi, 99 e Uber: parasitas!” — ecoando a greve nacional da categoria um mês antes.
  • Lula defendeu o fim da escala 6×1 em rede nacional, pressionando o Congresso a votar projetos trabalhistas.

CUBA: “CRIAMOS JUNTOS PELA CUBA”

  • 600 mil pessoas marcharam na Praça José Martí, em Havana, sob bandeiras cubanas e palestinas. O lema oficial, “Criamos juntos pela Cuba”, reforçou a resistência ao bloqueio dos EUA.
  • Ulises Guilarte, líder sindical, destacou: “Celebramos a festa do proletariado mundial em meio a uma ofensiva imperialista”, criticando as sanções estadunidenses.
  • Homenagem aos médicos cubanos: A marcha destacou as brigadas médicas internacionais, alvo de restrições por Trump.

OUTROS PAÍSES: REDUÇÃO DA JORNADA E SOLIDARIEDADE

  • México: Protestos no Zócalo exigiram redução da jornada de 48 para 40 horas e aposentadorias dignas.
  • Bolívia: O presidente Luis Arce marchou com trabalhadores em La Paz, reafirmando compromissos com demandas sindicais.
  • França: Mais de 300 mil manifestantes enfrentaram repressão policial em Paris, com 29 prisões registradas.

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