Saúde Frágil, golpe forte: Bolsonaro usa convalescença para mobilizar ato pró-anistia a golpistas
Enquanto médicos pedem repouso, Bolsonaro mobiliza base para evento que pressiona perdão a golpistas — entenda os riscos

Ex-presidente ignora recomendações médicas e convoca manifestação para pressionar Congresso a perdoar condenados por atos antidemocráticos de 8/1 — estratégia mira em 2026.,
1. O TEATRO DA CONVALESCENÇA
a) Risco calculado
Apesar de 22 dias internados por obstrução intestinal e alertas médicos para evitar aglomerações, Bolsonaro anunciou participação no ato de 7/5 — “se saúde permitir” 1. A contradição é gritante:
- Cirurgião Cláudio Birolini: “Recomendamos que não participe presencialmente”
- Cardiologista Leandro Echenique: “Risco de infecções exige resguardo”
- Estratégia política: Usar a imagem de “doente resistente” para galvanizar base radicalizada
b) O roteiro da anistia
O evento na Torre de TV (Brasília) tem objetivos claros:
- Vitimizar golpistas: Inclui campanha pela cabeleireira Débora dos Santos, condenada a 14 anos por pichar o STF
- Testar força política: 50 parlamentares já confirmados — maioria do PL e PP
- Preparar 2026: Associar anistia a “direitos humanos” para limpar imagem de aliados inelegíveis
2. A FARSA DA “ANISTIA HUMANITÁRIA”
a) Dados que desmentem o discurso
- 92% dos condenados pelo 8/1 têm renda acima de 5 salários mínimos — nenhum “pobre coitado”
- R$ 12,7 milhões em danos ao patrimônio público (STF, Congresso e Planalto)
- 14 vítimas policiais feridas nos ataques
b) O manual da distorção
Bolsonaro repete o mantra “pacífico” enquanto:
- Seu partido (PL) pressiona por urgência no PL da Anistia com 264 assinaturas
- Pastor Silas Malafaia (organizador do ato) chama STF de “tirania” em redes sociais
Ironia STOPPA: “Querem anistia para quem quebrou a democracia, mas negam perdão a trabalhadores endividados”.
3. O JOGO DE XADREZ POLÍTICO
a) STF como alvo
A manifestação ocorre um dia após o STF julgar mais 7 bolsonaristas por tentativa de golpe — incluindo militares de alta patente.
b) Plano B eleitoral
Com Bolsonaro réu e inelegível, a estratégia é:
- Criar mártires (condenados do 8/1)
- Forçar anistia via Congresso
- Lançar Tarcísio ou filhos em 2026 com agenda “antissistema”
“Não é sobre justiça — é sobre reescrever a história do golpe”
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