Bolsonaro se afunda em paranoia e destrói a própria base: humilhação a Tarcísio é só o começo
O ex-presidente, isolado e obcecado com traições, ataca aliados, transforma Tarcísio em alvo e ameaça implodir o projeto da extrema-direita.

Corroído pela paranoia, Bolsonaro humilha Tarcísio e implode tudo
Antes de mais nada, é preciso entender o contexto: a extrema-direita brasileira vive um momento de desagregação interna. E não, não se trata de oposição externa, CPI ou ação do STF. É sabotagem de dentro. O estopim? Jair Bolsonaro, encastelado num delírio persecutório, virou sua metralhadora verbal contra ninguém menos que Tarcísio de Freitas, o único governador que ainda carrega algum capital político no campo bolsonarista.
Na mais recente reunião com aliados, Bolsonaro — segundo relatos ouvidos pela Revista Fórum — gritou, xingou, humilhou e cortou o ar com desconfianças dignas de teorias conspiratórias. E o alvo principal foi aquele que ele mesmo elegeu em São Paulo: o engenheiro calculista, gestor técnico, e agora, aos olhos do ex-presidente, um traidor em potencial.
A pergunta que não quer calar é: o que Tarcísio fez? Nada além de se posicionar de forma racional sobre as eleições de 2026. Nada além de se aproximar do chamado “centrão fisiológico”, uma articulação mínima para governar o estado mais importante do Brasil. Mas isso, para Bolsonaro, soa como traição. Como heresia.
Por que esse comportamento autodestrutivo? Porque Bolsonaro vive acuado. A cada avanço das investigações, a cada nova delação, a cada decisão de Alexandre de Moraes, ele vê fantasmas — e projeta esses fantasmas nos próprios aliados. Tarcísio, que nunca foi ideólogo ou fanático, passa agora a carregar o fardo de ser o “moderado demais” para o novo bolsonarismo raivoso.
E o resultado é explosivo: a base racha, os caciques do PL se desesperam, e a ala militar, antes disciplinada, já articula saídas próprias — inclusive sem o “mito”.
Acresce que, no fundo, há um pânico latente: sem Bolsonaro, a direita brasileira não tem projeto. Com ele, tem caos. A hemorragia é visível, e o episódio com Tarcísio é só mais uma ferida aberta, que sangra em praça pública.
É como entregar a liderança de uma tropa a um general ferido, paranoico e sem bússola. Ele atira em qualquer direção, inclusive contra seus próprios soldados. E cada disparo ecoa mais fraco, pois até seus seguidores mais fiéis já começam a questionar: vale a pena seguir um líder que destrói o próprio exército?
A hora é grave. O campo progressista precisa compreender que, enquanto o bolsonarismo implode, é preciso construir alternativas populares, sólidas e organizadas. Porque o vácuo deixado por esse colapso será preenchido. A pergunta é: por quem?
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