Jair Renan glorifica a ditadura e revela ignorância criminosa da família Bolsonaro
Filho de Bolsonaro diz que a ditadura militar foi a "melhor época para os mais velhos", em mais uma fala que escancara o desprezo da extrema direita pela democracia e pelas vítimas do regime.
Jair Renan exalta ditadura e repete discurso que flerta com o fascismo
O vídeo circula nas redes: Jair Renan Bolsonaro, o “filho 04” do ex-presidente, aparece dizendo que a ditadura militar “foi a melhor época para a maioria das pessoas mais velhas”. Sem pudor, sem contexto e — principalmente — sem nenhuma noção histórica, ele repete o negacionismo que marca a família Bolsonaro desde sempre.
A glorificação da barbárie como herança de família
Não é coincidência. Jair Renan apenas replica a retórica que cresceu ouvindo em casa: a que romantiza um regime que prendeu, torturou, exilou e assassinou opositores políticos. Um período em que não havia liberdade de imprensa, não havia eleições diretas, e em que qualquer crítica ao governo era paga com sangue ou silêncio forçado.
Ao dizer que foi a “melhor época”, o filho do ex-presidente não apenas ignora os crimes da ditadura — ele legitima o terror de Estado. Para ele, talvez tenha sido mesmo um tempo confortável: afinal, as elites e os militares estavam no poder absoluto, e a desigualdade era mantida a ferro e fogo.
O Brasil não pode naturalizar esse discurso
Não se trata de um deslize juvenil. É parte de uma estratégia política clara: normalizar a ideia de que democracia é dispensável, que basta “ordem” imposta pela força. Essa narrativa seduz setores da sociedade que rejeitam a diversidade, os direitos humanos e a pluralidade.
Mas não podemos aceitar passivamente que a apologia à ditadura vire pauta de mesa de bar ou live de influenciador. Ainda mais quando parte de quem carrega o nome de um ex-presidente que tentou dar um golpe em 2022 — e que nunca escondeu sua admiração por torturadores como Brilhante Ustra.
Uma geração ensinada a odiar a democracia
O que Jair Renan demonstra é o resultado de décadas de apagamento da verdade histórica. Numa sociedade onde a memória da ditadura foi silenciada por pactos de impunidade, é natural que surjam herdeiros do autoritarismo travestidos de “liberais”.
Mas nós não esquecemos. E não vamos permitir que os filhotes do autoritarismo reinventem o passado para justificar os crimes do presente.
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