Governo vai à CPMI do INSS munido de provas: esquema de fraudes nasceu sob Bolsonaro
Relatórios internos, auditorias e investigações apontam que os descontos ilegais em aposentadorias começaram no governo anterior — e em meio à conivência de aliados políticos.

Governo vai à CPMI do INSS munido de provas: esquema de fraudes nasceu sob Bolsonaro
Não há limite para a hipocrisia da extrema-direita. Após o escândalo dos descontos indevidos em aposentadorias e benefícios do INSS, setores bolsonaristas tentam posar de defensores dos idosos, exigindo investigações e criando uma CPMI — Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. O detalhe? As fraudes começaram justamente sob Jair Bolsonaro.
Agora, o governo Lula se prepara para enfrentar essa CPMI não com medo, mas com documentos, auditorias e investigações internas que apontam um cenário escandaloso de omissão, negligência e — em alguns casos — conivência direta do governo anterior.
Fraudes estruturadas ainda no governo passado
Segundo dados obtidos por auditorias da própria Previdência Social, as fraudes nos descontos surgiram em acordos suspeitos com associações de fachada, que foram autorizadas a debitar valores diretamente dos benefícios dos segurados. Tudo isso começou a se intensificar em 2021 e 2022, sob Bolsonaro.
Essas entidades — muitas ligadas a esquemas políticos regionais — cobravam por “serviços de assistência” que jamais eram prestados. O resultado foi uma verdadeira indústria da extorsão legalizada, que drenou milhões dos mais vulneráveis.
E o mais grave: o sistema foi mantido mesmo após denúncias, indicando não só incompetência, mas uma rede que lucrava com o silêncio institucional.
CPMI como cortina de fumaça: quem teme os dados?
Bolsonaristas, com seu cinismo habitual, tentam usar a CPMI como palanque eleitoral e arma política. Só que o efeito pode ser o oposto. O governo Lula deve apresentar relatórios detalhados, com datas, nomes e mecanismos usados para fraudar os descontos. E mais: vai mostrar que as primeiras denúncias foram ignoradas ou abafadas pelos aliados do próprio Bolsonaro.
A tentativa de inverter o jogo — de acusados virarem inquisidores — tem prazo de validade. E essa validade expira com a verdade dos dados públicos.
Silêncio da mídia liberal e a manipulação bolsonarista
Até agora, poucos veículos deram o devido destaque à origem bolsonarista do esquema. Preferem manchetes genéricas como “fraudes no INSS” — escondendo que o caldo foi entornado na gestão passada.
Por isso, é fundamental que a sociedade esteja atenta: o mesmo grupo que congelou aposentadorias, que sucateou agências do INSS e que deixou idosos em filas de meses agora finge indignação para escapar do próprio legado.
O Brasil merece mais do que uma CPMI-espetáculo. Merece Justiça. E ela começa com a responsabilização de quem abriu as portas do INSS para um assalto institucionalizado.
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