Auditoria do governo Lula aponta fraude bilionária em benefícios pagos durante a gestão Bolsonaro. O escândalo desmonta o discurso de "combate à corrupção" do ex-presidente.

“Combateram a corrupção”, diziam. Mas deixaram um rombo de R$ 2,1 bilhões só no INSS. O que a nova auditoria revelou é mais do que um escândalo contábil — é um retrato fiel da farra institucionalizada durante os anos Bolsonaro. Uma máquina de fraudes operando dentro do maior sistema de previdência da América Latina, enquanto o ex-presidente discursava com a Bíblia em punho e a carteira de trabalho na outra.

Em primeiro lugar: o tamanho do buraco

Os dados vieram à tona após auditorias conduzidas pela CGU e Ministério da Previdência: entre 2021 e 2022, mais de R$ 2,1 bilhões foram desviados em fraudes no INSS. Isso inclui benefícios pagos a pessoas já falecidas, concessões irregulares e uso criminoso de dados para burlar o sistema.

Enquanto isso, Bolsonaro fazia lives atacando professores, cortando verbas da saúde, e mandando economizar no cafezinho dos ministérios — enquanto, nos bastidores, o sistema ruía em silêncio.

Por outro lado: onde estavam os “anticorrupção”?

A revelação desmonta uma das maiores farsas do bolsonarismo: o discurso da moralidade. Onde estavam os generais da “nova política”? Onde estava o “Posto Ipiranga”, Paulo Guedes, quando bilhões escorriam pelo ralo da Previdência?

O que se vê, na prática, é uma estrutura de governo que desmantelou órgãos de controle, desvalorizou servidores e estimulou terceirizações sem critério — abrindo as portas para fraudes em larga escala.

E não por acaso. Menos controle, mais espaço para os aliados “fazerem a festa”.

Acresce que: o povo paga duas vezes

Essas fraudes não são apenas números frios numa planilha. São milhares de idosos que esperam meses por aposentadorias justas. São mães que têm seus auxílios-maternidade negados por “falta de verba”. São perícias empacadas e filas que não andam.

Enquanto isso, estelionatários recebiam benefícios com documentos falsos — e a máquina pública, corrompida de cima a baixo, seguia a pleno vapor sob o manto da impunidade.

Privatizaram o controle. Terceirizaram a ética. E agora, socializam o prejuízo.

A farsa moral caiu — de novo

O bolsonarismo sempre se vendeu como a antítese da corrupção. Mas os números do INSS somam-se ao escândalo das emendas do orçamento secreto, à rachadinha da família, aos gastos de luxo com cartão corporativo e aos R$ 17,2 milhões em doações usados para bancar hotel de Eduardo Bolsonaro nos EUA.

O “mito” caiu. E deixou um rastro de dívidas, escândalos e mentiras que o Brasil inteiro vai pagar por décadas.


Conclusão: o rombo do INSS é só a ponta do iceberg

A auditoria expôs o que muitos denunciavam há anos: o governo Bolsonaro foi, na prática, um governo de saque institucionalizado. Agora, cabe à sociedade exigir não apenas responsabilização, mas também medidas para blindar o futuro contra esse tipo de gestão predatória.

Porque não basta derrotar o bolsonarismo nas urnas — é preciso extirpá-lo das estruturas do Estado.

A conta chegou. E, como sempre, quem paga é o povo.


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3 comentários sobre “Rombo de R$ 2,1 bilhões no INSS revela o caos deixado por Bolsonaro

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