A articulação de Eduardo Bolsonaro nos EUA e o "tiroteio diplomático" provocou reação dura do STF, que chamou a ação de "molecagem" e sinalizou riscos à soberania brasileira.

Introdução
A história precisa começar de forma direta: sanções Eduardo Bolsonaro ganhou protagonismo após o deputado licenciado articular pressão nos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes. No caminho, a atitude foi classificada como “molecagem” pelo próprio STF. A soberania do Sistema Elétrico Brasileiro? Não, dessa vez é a soberania nacional que está em risco — e a hora é grave.

Em primeiro lugar, o que fez Eduardo Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro — licenciado do mandato desde março de 2025 para residir nos Estados Unidos — buscou apoio do governo Trump e de congressistas americanos como Marco Rubio e Cory Mills. A pressão? Aplicar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes sob a Lei Global Magnitsky, que permite congelar bens e restringir vistos de autoridades apontadas por violações de direitos humanos. A ofensiva obteve menção explícita de que “há grande possibilidade” de sanções.

Por outro lado, o STF reage — “molecagem” e soberania

Nos bastidores do Judiciário, a articulação por sanções foi vista com indignação. Magistrados classificaram a campanha como “molecagem” — uma ironia seca, quase como se fosse brincar com fogo. Também houve acusações fortes: seria uma “traição ao Brasil”, ao convidar intervenção externa em disputa interna.

STF defende diplomacia, não atitude midiática

Os ministros reforçam que qualquer reação deve passar pelos canais diplomáticos, não por “show midiático” protagonizado por parlamentares.

Acresce que… reação política interna

Lindbergh Farias (PT) entrou com representação na PGR, imputando crimes como atentado à soberania nacional e coação no curso do processo. Além disso, pede medidas urgentes, como prisão preventiva ou apreensão de passaporte de Eduardo Bolsonaro.

A OAB também reagiu: manifestou preocupação e repúdio a qualquer tentativa de sanção externa a magistrado por sua atividade jurisdicional, reforçando que “jurisdição e soberania nacional são princípios inegociáveis”.

Pergunta retórica

Por que esse “bom samaritano” não articula sanções contra violações reais nos EUA, e sim contra ministros do STF? A pergunta soa desconcertante — afinal, a soberania do Brasil é tratada como peça de barganha.

Contexto histórico e técnico

Desde 2019, decisões do STF — como no Inquérito das Fake News e no combate à desinformação — vêm incomodando parte da base bolsonarista. Eduardo usou de retórica radical para questionar a Corte em episódios anteriores, defendendo até “ruptura mais dolorosa” se fosse ignorada sua pauta.

Riscos e consequências

  • Acordo com governo dos EUA colocaria o Brasil numa rota de interferência internacional.
  • STF é visto como alvo político, potencialmente perdendo autoridade e neutralidade.
  • A diplomacia brasileira está dividida entre reação firme — do Planalto — e postura contida — do Itamaraty.

Conclusão

Não se trata de “tiro ao alvo” político: é, sim, um tiroteio contra a soberania brasileira. Ao incentivar sanções externas, Eduardo Bolsonaro joga fragilizado o que há de mais caro: a autonomia de nossa Justiça. E o STF, de forma firme, classificou isso como “molecagem” — fria, calculada e perigosa. Está nas nossas mãos resistir a essa ameaça no terreno democrático.


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1 comentário em “A “molecagem” de Eduardo e a reação contundente do STF

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