Pressões americanas atravessam discurso e diplomacia — e ameaçam nossa soberania.

Em primeiro lugar, é preciso entender: o que está ocorrendo no Brasil não é acaso. Nas últimas semanas, os sinais da guerra híbrida no Brasil ficaram claros — e o alerta está aceso. É um padrão antigo, hoje renovado por recursos invisíveis e sofisticados, onde os Estados Unidos tentam alinhar o país por meio de narrativas, decisões diplomáticas e pressões disfarçadas de cooperação. Guerra híbrida no Brasil é a frase‑chave que ressoa contra a ideia de soberania.


O que é guerra híbrida no Brasil?

A guerra híbrida é a fusão de táticas tradicionais e tecnológicas — desinformação, judiciarização seletiva (lawfare), influência midiática, intimidação diplomática e mobilização de atores intermediários — tudo para minar uma nação sem disparar um tiro. Este modelo combina operações políticas externas com guerra irregular e cibernética, criando uma tempestade perfeita para quem não aceita a subserviência aos interesses dos EUA.


Pressão por rotulagem de organizações criminosas como “terroristas”

Em maio, os EUA pressionaram o Brasil para classificar PCC e CV como “organizações terroristas”. Mas, como ressaltou o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, “não consideramos… porque isso não se alinha ao nosso sistema legal” — são organizações criminosas, não terroristas.
Por que esse rótulo importa? Por trás da demagógica retórica antiterror — “combate ao terror” — está a estratégia de militarizar a segurança e autorizar interferências internacionais disfarçadas.


Tentativa de controle de territórios estratégicos

Fontes diplomáticas revelam que os americanos demonstram interesse em bases como Natal (RN) e Fernando de Noronha, pontos vitais no Atlântico Sul. A entrega dessas áreas representa uma perda irreversível de soberania — como se o país fosse reduzido a palco de manobras geopolíticas antigas.


Acusações para deslegitimar a diplomacia independente

“Presença do Hezbollah no Brasil”

Acusações recentes tentam pintar o Brasil como terreno de ataques externos — sem provas ou investigações internas — apenas para justificar políticas de segurança alinhadas à diplomacia de Washington.

“Fábrica de espiões russos”

A mídia hegemônica americana difunde a narrativa de que somos palco de espionagem russa. Estável recurso da Guerra Fria para isolar Brasília e intimidar aproximações soberanas — com o BRICS, China e Rússia.


Histórico: o Brasil no epicentro de estratégias de poder

Este tipo de ingerência não é recente. O impeachment de 2016 e a prisão de Lula em 2018 foram partes de uma operação de guerra híbrida, usando juízes, mídia e diplomacia como armas, conforme análise da Resistir.info.


Resistência nacional

Acresce que só há um caminho: resistir. Guerra híbrida no Brasil exige que a sociedade civil, movimentos populares e forças democráticas unam forças contra esse jogo de forças disfarçado. Precisamos denunciar a imposição de narrativas americanas, fortalecer nossa política externa independente e recusar o papel de quintal.


Sul Global, BRICS e multipolaridade

O Brasil não está sozinho. Como membro do Sul Global, seguimos na luta contra a dominação histórica e hoje nos articulamos no BRICS, junto com Rússia, China, Índia, África do Sul e novos membros — Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes e Indonésia.
Essa aliança representa a chance de reequacionar o poder global em favor da soberania e autonomia nacional.


Conclusão

Por outro lado, a guerra híbrida não é teoria conspiratória — é uma prática real de dominação renovada. Não podemos deixar que as potências reconstituam os tempos da Guerra Fria, onde nossos territórios eram troféus estratégicos. Cabe aos brasileiros insistirem no debate público soberano, na rejeição da ingerência e na construção de uma política externa alinhada com os interesses do Brasil — e não de Washington.


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2 comentários sobre “EUA intensificam ingerência no Brasil com táticas de guerra híbrida

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