Bolsonaro diz não apoiar Tarcísio: “Ele aperta mão de inimigo”
Ex-presidente expõe desconfiança sobre alianças de Tarcísio e revela uma tática de cercar a direita.
Contexto político tenso
Na última sexta-feira (24 de maio), Jair Bolsonaro revelou por que não concederá apoio à candidatura de Tarcísio de Freitas para 2026: “Ele aperta mão de inimigo” — frase emblemática que mostra a desconfiança no ex-governador, mesmo com relações amistosas aparentes entre os dois.
O que significa “ele aperta mão de inimigo”?
A expressão usada pelo ex-presidente não é retórica vaga. Indica que Tarcísio transita com adversários políticos e até ministros do STF, comportamento interpretado por Bolsonaro como traição à causa de direita. A recusa de apoio aponta para um cálculo político: a coesão do grupo se sobrepõe à construção de alianças amplas.
A narrativa de Bolsonaro
Segundo reportagem da Veja reproduzida pela BNews, Bolsonaro acredita que Tarcísio foi longe demais na diplomacia política. Para ele, o governador paulista demonstra “boa relação com político de diferentes correntes” e atrai apoio de autoridades do STF — tudo isso o torna, aos olhos do ex-presidente, uma figura pouco confiável.
Implicações para a direita
Essa ruptura sinaliza riscos para a união da base bolsonarista em 2026. Sem o selo presidencial, Tarcísio cotado como candidato majoritário enfrenta obstáculos para consolidar apoio no PL e em partidos satélites. A narrativa de “inimigo nas mãos” pode ser interpretada como um alerta para quem busca governar à sombra de Bolsonaro.
Conclusão
A frase “Ele aperta mão de inimigo” escancara mais do que desconfiança: revela uma direita dividida. Bolsonaro demonstra que alianças com adversários e instituições podem ser vistas como traição por uma ala do grupo. Resta saber se essa fenda vai se fechar — ou se Tarcísio será mesmo limitado por não carregar o endosso do ex-presidente.
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