Dossiê de Lindbergh Farias acusa Eduardo Bolsonaro de traição e articulação golpista nos EUA
Deputado do PT entrega à PF 88 provas contra Eduardo, incluindo 600 manifestações públicas e acusações de financiamento ilegal por Jair Bolsonaro

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou à Polícia Federal um dossiê de 33 páginas contendo 88 provas contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O documento inclui mais de 600 manifestações públicas de Eduardo, como vídeos, textos e postagens em redes sociais, que, segundo Lindbergh, evidenciam crimes como coação no curso do processo, obstrução de Justiça, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e atentado à soberania nacional.
Acusações de articulação internacional e financiamento ilegal
Lindbergh acusa Eduardo de articular, nos Estados Unidos, sanções contra autoridades brasileiras, especialmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O deputado petista também aponta que o ex-presidente Jair Bolsonaro financia essas ações por meio de arrecadações via PIX, oficialmente destinadas ao pagamento de multas, mas que estariam sendo utilizadas para custear encontros com lideranças políticas estrangeiras e ações diplomáticas contra autoridades brasileiras.
Pedidos de medidas cautelares e ampliação das investigações
No depoimento à PF, Lindbergh solicitou o bloqueio das contas de Jair Bolsonaro, a quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-presidente e o cancelamento do passaporte de Eduardo Bolsonaro. Além disso, pediu a ampliação das investigações para incluir outros envolvidos na suposta trama golpista, como o deputado Filipe Barros (PL-PR) e o comunicador Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente João Figueiredo.
Repercussão e próximos passos
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro preste depoimento à PF no prazo de até dez dias. Moraes também autorizou o monitoramento e a preservação de postagens feitas por Eduardo Bolsonaro nas redes sociais.