Julgamento da trama golpista no STF pode ser antecipado para agosto, avaliam defesas
Advogados afirmam que o ritmo acelerado do processo pode levar à análise final já em agosto — antes do recesso de julho.
Contexto e avaliação das defesas
De acordo com publicação do Brasil 247, as defesas dos acusados pela tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro consideram que o julgamento pode ser antecipado para agosto de 2025. Inicialmente, esperava-se que o processo se estendesse até outubro ou mesmo 2026, mas a condução firme da Primeira Turma do STF, especialmente pelo relator Alexandre de Moraes, apontou em sentido contrário .
Por que agosto?
- Ritmo acelerado do processo
O STF tem mantido um ritmo intenso e disciplinado de andamento — a denúncia foi recebida em fevereiro e chegou à fase de instrução em poucos meses, comparável à velocidade do processo do mensalão, mas com urgência reforçada pela proximidade eleitoral. - Recesso e cronograma
Com o recesso de julho se aproximando, as defesas consideram estratégico que o julgamento seja programado antes de 15 de julho, possibilitando que as alegações finais sejam apresentadas em agosto. A ordem prevista é: depoimentos → alegações finais → julgamento. - Combate a atrasos
A equipe jurídica acompanha casos anteriores, como o ex-presidente Fernando Collor, em que o STF resistiu a manobras protelatórias. As defesas já reconheceram que há pouca chance de pedidos de diligência serem aceitos.
Implicações políticas
- Uma sentença até setembro de 2025 pode lisar o caminho político de Bolsonaro, ainda que inelegível até 2030, pois aumenta sua fragilidade em eventuais candidaturas ou influências em 2026 .
- A antecipação pressiona a construção de alternativas dentro da direita, com nomes como Tarcísio de Freitas, Michelle Bolsonaro e Ratinho Jr. ganhando força, conforme pesquisa Quaest divulgada em 5 de junho.
Prós e contras da aceleração
| Vantagens | Desvantagens |
|---|---|
| Desfecho antes das eleições de 2026 | Defesa terá menos tempo para recursos e testes de testemunhas |
| Fortalece a confiança nas instituições | Risco de críticas por suposto cerceamento de defesa |
| Reduz manobras protelatórias | Pode gerar maior exposição política imediata |
Perspectivas atualizadas
- Depoimentos em curso: fase final de instrução será concluída nestes dias.
- Alegações finais: devem ocorrer ainda em junho, com apresentação pelo MP, delator (Cid) e defesas.
- Julgamento: com últimas falas, relator pode pautar plenário em agosto, abrindo oportunidade para decisão antes do recesso e campanha eleitoral.
Fontes:
- Brasil 247: “Julgamento pode ser antecipado para agosto”
- Folha de S.Paulo: comparação com mensalão, celeridade do STF
- CNN Brasil: previsão de transmissão dos interrogatórios ao vivo
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