Deputada alerta rapper sobre importância da organização coletiva em vez de escolhas individuais e provoca reação controversa entre setores políticos

1. Contexto da troca no X

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) respondeu recentemente no X a uma postagem do rapper Oruam, que consultava seguidores sobre como “se organizar politicamente”. Oruam buscava conselhos sobre como posicionar sua voz na arena pública.

Hilton orientou:


2. Por que o conselho provocou polêmica

A frase desencadeou uma reação intensa de diferentes grupos:

  • Esquerda crítica: questionou a ênfase no coletivo como se a luta não pudesse partir também de expressões culturais individuais. Alguns viram a fala como uma desconstrução da autonomia artística
  • Direita reacionária: acusou Hilton de tentar doutrinar jovens artistas, estigmatizando o engajamento individual e rotulando-a como moralista — segundo analistas, atribuição típica de discurso conservador .

3. Análise política do conselho

3.1 Enfoque coletivo versus individual

A sugestão reforça tradição progressista: o foco em mobilização comunitária e construção de agendas que ultrapassem narrativas artísticas individuais — base de muitas lutas antirracistas, feministas e queer.

3.2 Tensão intralegitimidade

Críticos da esquerda enxergam risco de limitar expressões como arte‑política ao subordinar a voz pessoal a estratégias organizadas; defensores apontam que sem esse olhar coletivo, faltaria estrutura e poder de incidência real.


4. Repercussão midiática

  • Organizações que acompanham a cultura negra e LGBTQIA+ ficaram divididas: elogiaram a visão estratégica de Hilton, mas alertaram para risco de institucionalização do ativismo.
  • Artistas de periferia se manifestaram unidos pela necessidade de combinar voz individual e articulação coletiva, retomando o discurso de agência multipolar.

5. O que está em jogo

QuestõesDescrição
Influência culturalDebate sobre se artistas devem investir mais em coletivo ou valorizar sua própria voz
Estratégia políticaIdentificação da política como prática comunitária, não como espetáculo de uma pessoa só
Território simbólicoDisputa sobre quem define o que é “resistência” artística e política nas periferias

6. Perspectivas futuras

  • Para Oruam, a pergunta poderá resultar em novos conteúdos culturais ou colaborações com movimentos coletivos nas periferias.
  • Hilton ganha destaque por traduzir preocupações antirracistas e identitárias em estratégia política, alimentando discussões sobre intervenção social.
  • As reações polarizadas indicam que o debate sobre individualismo versus organização seguirá vivo no PSOL e entre jovens ativistas, sobretudo nas periferias.

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2 comentários sobre “Conselho de Erika Hilton a Oruam divide opiniões entre esquerda e direita

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