PF prende hackers que atacaram sites do governo e empresas brasileiras
Operação “Timeout” mira grupo responsável por ataques DDoS a portais públicos e privados, derrubando plataformas como Gov.br, STJ e bancos

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (10) a Operação Timeout, prendendo dois hackers suspeitos de realizar uma série de ataques do tipo DDoS contra sistemas governamentais, tribunais, universidades e empresas estatais entre setembro de 2024 e março de 2025. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária, em Goiás e São Paulo, e quatro mandados de busca e apreensão no DF, SP e PR, todos autorizados pela 15ª Vara Federal Criminal de Brasília.
Os alvos incluíram portais de acesso essencial como Gov.br, STJ, PGR, CNJ, Sinesp, Renavam, além da Petrobras, UFRJ, e TRF‑4, causando interrupção no serviço e comprometendo acesso público e empresarial. A instabilidade também afetou o Pix, impactando transações financeiras.
Durante a investigação, foi confirmado que o grupo operava sob pseudônimos, utilizava infraestruturas internacionais para mascaramento de IPs, redes privadas virtuais e fóruns da deep web para reivindicar ações.
Os suspeitos podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático, interrupção de serviço telemático, associação criminosa e divulgação de dados obtidos ilicitamente.
Relevância institucional
- A ação evidencia o impacto do hacktivismo na infraestrutura crítica, comprometendo não apenas o acesso à informação, mas também operações financeiras essenciais.
- A PF mostrou capacidade de resposta a ameaças digitais, articulando operações interestaduais coordenadas para proteger o Estado democrático e instituições.
- A investigação revelou estrutura sofisticada do grupo e forneceu base para futuras ações de segurança e regulamentação do ambiente digital.
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