Almir Garnier confirma reunião com Bolsonaro em dezembro de 2022, mas nega qualquer oferta de forças militares ou envolvimento direto em minuta golpista

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, compareceu ao STF nesta terça-feira (10) para prestar depoimento dentro da ação que investiga a tentativa de golpe de Estado. Ele confirmou a presença em uma reunião com Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, no dia 7 de dezembro de 2022, mas negou com veemência qualquer plano golpista.

O almirante afirmou que não viu nenhuma minuta do golpe nem colocou tropas da Marinha à disposição de Bolsonaro para ações que pudessem ferir a institucionalidade. Em resposta ao ministro Alexandre de Moraes, classificou como “ilação” a acusação de que teria oferecido apoio militar.

A versão de Garnier contrasta com depoimentos anteriores, inclusive do delator Mauro Cid, que o descreveu como parte do núcleo “radical” e com disposição a apoiar a trama. O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, afirmou ter ouvido dele a promessa de disponibilização de tropas — afirmação que Garnier refuta.

No depoimento, Garnier enfatizou que os temas discutidos na reunião foram voltados à manutenção da ordem, sem qualquer menção a ruptura democrática ou tomada de poder. As tropas da Marinha, segundo ele, não tiveram papel algum em eventual plano golpista.


Por que isso importa

Esse depoimento reforça o viés de defesa da hierarquia militar ligada ao debate jurídico: Garnier busca se diferenciar dos chamados “radicais” que teriam apoiado articulamente o golpe. Sua negação expressa pretende isolar acusações concretas contra ele e fortalecer estratégias legais.


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2 comentários sobre “Ex-comandante da Marinha nega ter colocado tropas à disposição de Bolsonaro para golpe

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