Zambelli promete se apresentar às autoridades italianas quando extradição for formalizada
Deputada licenciada afirma ao g1 que se entregará assim que o Ministério da Justiça enviar pedido ao governo italiano

Carla Zambelli (PL‑SP), atualmente na Itália, declarou ao g1 que se apresentará voluntariamente às autoridades italianas assim que o Ministério da Justiça formalizar o pedido de extradição, autorizado pelo STF. Segundo ela, quer demonstrar “boa‑fé” e, caso o pedido seja aceito, buscará cumprir a pena de 10 anos no território italiano.
O MJ ainda aguarda documentos do STF para encaminhar o pedido ao Itamaraty, de onde segue pelo rito diplomático até as autoridades italianas — etapa que deve ocorrer em até 48 horas após notificação.
Embora o mandado de prisão preventiva esteja ativo, Zambelli já aparece na lista vermelha da Interpol desde 5 de junho. Segundo o embaixador brasileiro em Roma, a prisão só pode ocorrer em local público devido à limitação da cooperação.
A parlamentar alega estar em “boa‑fé” e alega ter sido alvo de “perseguição política” — postura que pretende usar como argumento de defesa no Judiciário italiano.
Por que isso é relevante
- A iniciativa de rendição voluntária, antes de qualquer mandado ser executado, serve como estratégia para demonstrar boa-fé e evitar embaraços diplomáticos.
- O cumprimento da pena na Itália reforça a intenção de manter relação pacífica com a justiça internacional, o que pode influenciar decisões judiciais.
- O caso expõe tensões entre poderes: o STF já autorizou a extradição, mas o processo depende da atuação burocrática do Executivo — MJ e Itamaraty.
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