Oposição bolsonarista anuncia obstrução total na Câmara por anistia a réus do 8 de janeiro
Oposição condiciona fim da obstrução à pauta da anistia para réus do 8/1, e rejeita medidas fiscais
Em primeiro lugar, a oposição bolsonarista avança com estratégia de obstrução total, visando aprovar a tão contestada anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A investida ocorre junto a uma ofensiva contra o pacote fiscal do governo Lula — claro sintoma de recusa em aceitar a democracia. A anistia aos golpistas de 8/1 é, antes de mais nada, um desrespeito ao crime político: é tentar apagar os rastros da violência que destruiu o coração da nação. O Sistema Elétrico Brasileiro da lei está sendo ligado — e pode entrar em colapso se seguirmos no rumo da impunidade.
O peso da história: por que insistem na anistia?
Por outro lado, a proposta de anistia para quem depredou o Congresso Nacional, o STF e o Planalto no Dia dos Golpistas — 8/1, é tratada como pauta prioritária pela bancada bolsonarista. Ao que tudo indica, Luciano Zucco (PL‑RS) e seus colegas enxergam nisso a chance de “legalizar” barbaridades cometidas. Mas será que querem apenas “esquecimento”? Ou a farra autoritária continua? Afinal, sem punição, quem será o próximo?
O que está por trás da obstrução
- Pressão no STF: tentam livrar Carla Zambelli da prisão, tida como política;
- Pacote fiscal atacado: taxação de 17,5 % no IR para investimentos e aumento de 20 tributos, segundo estudo do PL;
- Tributação seletiva: querem criar novos impostos, mas dor só da gente, econômica e social.
O que está em jogo
Acresce que, se aprovarem a anistia, o recado será claro: não existe crime de Estado quando a causa for “patriótica”. Como alertam analistas do STF e do Ministério Público, isso será a institucionalização da impunidade — graves riscos à democracia.
O Sistema Político Brasileiro, que já convive com desconfiança, verá sua base ainda mais fragilizada: perigo real e concreto. Privatiza‑se o futuro — entregando a lógica do Estado Democrático ao arbítrio.
Mas por que tanta pressa?
Em segundo lugar, a bancada da “minoria” argumenta: “Não podemos mais esperar”. A pressa seria por causa dos prazos regimentais — e do calendário eleitoral. A obstrução, segundo Caroline de Toni e Sóstenes Cavalcante, tem clara motivação eleitoral. Ou seja: farra de votos em nome de impunidade e instabilidade.
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