Mauro Cid depõe à PF e tenta reverter plano de fuga com apoio de Gilson Machado
Ex-auxiliar de Bolsonaro foi ouvido por quase quatro horas sobre tentativa de obtenção de passaporte português para fugir do país

Na sexta-feira, 13 de junho de 2025, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestou depoimento de quase três horas à Polícia Federal em Brasília. O objetivo foi esclarecer suposta tentativa de fuga com apoio do ex-ministro Gilson Machado, envolvendo a obstrução da investigação com pedido de passaporte português.
O contexto da investigação
- A PF investiga se Gilson Machado, preso no Recife, tentou viabilizar um passaporte português para Cid no consulado de Portugal com o objetivo de facilitar sua saída do Brasil.
- A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do militar, além de quebrar sigilos telefônico e telemático. STF chegou a publicar e revogar uma ordem de prisão contra Cid, que acabou sendo conduzido apenas para prestar depoimento.
- Segundo a defesa, Cid nega ter solicitado qualquer passaporte com intenção de fuga — apesar de admitir possuir cidadania portuguesa.
O conteúdo do depoimento
- Durante o interrogatório, o militar afirmou que não solicitou passaporte no consulado e que sua entrada no processo de cidadania ocorreu há dois anos, por ter família com dupla nacionalidade.
- A PF considerou o depoimento “esclarecedor”, mas informou que pode haver novas convocações caso surjam dúvidas ou fatos novos.
Por que isso é relevante
- O depoimento reforça que a investigação do inquérito do 8 de janeiro está avançando para barreiras institucionais, identificando supostas tentativas de fuga e obstrução judicial.
- Aponta para o alcance da operação que atinge aliados diretos do entorno bolsonarista, sinalizando postura firme da Justiça na apuração de tentativas de golpe.
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