Moraes ordena que Google revele dados de quem publicou a “minuta do golpe”
Em meio aos interrogatórios do processo da tentativa de ruptura institucional, o ministro do STF exige acesso aos dados de publicação, intensificando investigação contra a trama golpista.

Em primeiro lugar, firmamos a frase‑chave: Moraes exige dados Google. Nesta terça-feira (17/06), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que o Google forneça, em até 48 horas, os dados sobre quem publicou a chamada “minuta do golpe” na internet. A medida faz parte da fase final de diligências no processo sobre a tentativa de golpe no país — reforçando o cerco investigativo à trama golpista.
Contexto processual: diligências da defesa
A decisão atende a um pedido da defesa do ex-ministro Anderson Torres, que busca demonstrar, por meio de exames periciais, que a minuta encontrada em sua residência não se parece com outros documentos investigados como antidemocráticos. Moraes endurece as diligências: as informações do Google complementam o que foi questionado por testemunhas e réus durante os depoimentos.
Alcance da medida
Com o prazo de 48 horas, o Google terá que revelar os dados relacionados à publicação original — como endereço IP, data e usuários envolvidos. Essa informação é considerada fundamental para rastrear a origem do conteúdo e alimentar a linha investigativa do STF sobre a trama golpista.
Marinha e Operação Formosa
Num mesmo despacho, Moraes determinou que a Marinha informe, também em 48 horas, a data de expedição da Diretiva de Movimento relativa à Operação Formosa 2021. Essa diligência, solicitada pelo ex-comandante Almir Garnier, pode auxiliar a esclarecer eventuais envolvimentos das Forças Armadas na fase de transição.
Por que isso importa
● Investigação intensa: a medida mostra que o STF amplia o âmbito das provas, atingindo plataformas globais.
● Transparência judicial: ao exigir acesso aos dados, Moraes obriga a tecnologia a cooperar — e humilha narrativas de impunidade online.
● Arma contundente contra fake news: o movimento visibiliza que plataformas não são zonas livres de responsabilidade, e que o Judiciário brasileiro pode exigir responsabilização.
Perguntas retóricas para reflexão
- Se a internet é terreno sem lei, por que um documento de tentativa de golpe seria exceção?
- Quando plataformas deixam de ser garantidoras da expressão e viram canais de blindagem à democracia?
- Até que ponto a coleta judicial de dados pode balizar combate à desinformação sem comprometer garantias individuais?
Conclusão
A determinação de Moraes — exigindo que o Google revele os responsáveis pela publicação da “minuta do golpe” em apenas 48 horas — marca uma nova etapa na investigação da trama golpista: não bastam depoimentos, é preciso rastreamento digital profundo. Ninguém ficará fora das lentes da Justiça — e esse passo é fundamental para garantir que a internet não seja atalho para projetos antidemocráticos.
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