Lições de Miyamoto Musashi — e reflexos nas atitudes de Alexandre de Moraes
Dos campos de honra do Japão feudal ao Supremo Tribunal Federal: ensinamentos de Musashi e sua ressonância — ou tensão — com a atuação do ministro Alexandre de Moraes.

Ensinamentos de Miyamoto Musashi
- Não atue sem motivo
– Cultivar foco absoluto no essencial, evitando distrações inúteis. - Desenvolva julgamento intuitivo
– Antecipe as ações do adversário com percepção sutil dos momentos decisivos. - Disciplina e resiliência pessoal
– Aceite o sofrimento, aprenda com falhas e fortaleça o caráter. - Treino constante — o “caminho” sem fim
– Dedicação íntegra às artes e ao aprimoramento contínuo. - Honestidade moral e autoconsciência
– Autenticidade sem atalhos; caminho reto e transparente.
Atitudes de Alexandre de Moraes (STF)
- Foco institucional decidido
– Impôs restrições e bloqueios digitais com firmeza, evitando dispersão judicial. - Antecipação contra desinformação
– Bloqueios e multas no X (antigo Twitter) mostram leitura estratégica de ameaças. - Resiliência diante de ataques e pressões políticas
– Mesmo sob críticas, mantém firmeza na missão institucional. - Compromisso contínuo com a Constituição
– Sua trajetória demonstra frequência no aprimoramento do ambiente jurídico. - Atuação técnica e pautada em normatividade
– Decisões baseadas em leis e precedentes, sem subterfúgios.
Convergências e tensões
Ensinamento de Musashi | Reflexo em Moraes | Tensão ou Armadura |
---|---|---|
Evitar o desnecessário | Ações cirúrgicas contra desinformação | Críticas de excesso judicial |
Julgamento intuitivo | Antecipação de riscos digitais | Percebido como censura ou controle |
Disciplina e resiliência | Constância frente a ataques políticos | Acusações de autoritarismo |
Treino contínuo | Busca por precedentes e regras firmes | Visto como inflexível por adversários |
Honestidade institucional | Decisões ancoradas em normas técnicas | Questionado por quem o acusa de arbitragem |
Reflexão final
Miyamoto Musashi defendia um caminho de foco, disciplina, estratégia e integridade — princípios que ecoam na condução do ministro Alexandre de Moraes. Ambos se equiparam a um guerreiro: atentos aos momentos certos, firmes na execução, e implacáveis no compromisso com seus objetivos. No entanto, assim como na antiga arenas do duelo, cada movimento corajoso gera resistências e críticas: há quem enxergue no rigor uma mola de opressão.
O verdadeiro ponto de inflexão é este: até que ponto a busca por ordem e clareza institucional se transforma em barreira ao debate democrático?
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