O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou a interlocutores que pretende deixar a política após uma possível reeleição em 2026. A declaração foi feita em meio a especulações sobre sua candidatura à Presidência da República e após o ex-presidente Michel Temer mencionar conversas com governadores sobre uma união de candidaturas do centro-direita para as eleições de 2026.

Tarcísio, considerado um dos nomes fortes da direita para a sucessão presidencial, tem reiterado seu compromisso com a gestão estadual, indicando que seu foco está em projetos de longo prazo para São Paulo. A declaração de que deixará a política após a reeleição é vista como uma tentativa de reafirmar sua lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro e de afastar rumores sobre uma possível candidatura ao Planalto sem o apoio de Bolsonaro.

A movimentação de Tarcísio ocorre em um cenário político onde a direita busca consolidar uma liderança para 2026, especialmente diante da inelegibilidade de Bolsonaro. Aliados do governador têm pressionado por uma definição sobre seu futuro político, mas ele tem evitado se comprometer com uma candidatura presidencial, mantendo o foco na administração estadual.

A posição de Tarcísio reflete o dilema enfrentado por políticos da direita: manter o apoio da base bolsonarista enquanto buscam construir uma imagem própria para futuras disputas eleitorais. Sua declaração de que deixará a política após a reeleição pode ser interpretada como uma estratégia para equilibrar essas forças e manter sua base unida.

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Governo Lula recria orçamento secreto na Saúde: R$ 3 bilhões em verbas extras sob sigilo parlamentar

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está implementando uma nova versão do controverso “orçamento secreto”, desta vez no setor da Saúde. Serão distribuídos R$ 3 bilhões em verbas extras a parlamentares aliados, sem critérios transparentes ou previsão legal, repetindo práticas anteriormente criticadas pelo próprio presidente.

Segundo informações da coluna de Natália Portinari no UOL, os recursos serão utilizados, em tese, para a compra de medicamentos e outros gastos cotidianos do Sistema Único de Saúde (SUS) nas cidades. No entanto, diferentemente das emendas parlamentares tradicionais, não há previsão na legislação para esses repasses extras, o que significa que seus valores variam conforme a conveniência do governo.

A reunião que selou o acordo para distribuir as verbas da Saúde aconteceu em março na residência oficial do Senado, com a presença de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara. A prioridade é “compensar” o apoio dado por parlamentares na votação do orçamento e do novo arcabouço fiscal.

Esses R$ 3 bilhões adicionais serão distribuídos além dos mais de R$ 50 bilhões em emendas parlamentares de bancada, individuais e de comissão previstos no orçamento de 2025. A falta de transparência e a ausência de critérios técnicos para a distribuição dessas verbas extras levantam preocupações sobre a repetição de práticas clientelistas e a utilização de recursos públicos como moeda de troca política.

O governo defende que a verba é distribuída de acordo com critérios técnicos dos ministérios e que não se trata de emendas parlamentares. No entanto, a prática de repassar recursos extras sem previsão legal e sem transparência remete ao modelo do “orçamento secreto” declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022.

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STF mantém cronograma e nega pedido de Bolsonaro para adiar audiências sobre tentativa de golpe

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou neste sábado (17 de maio de 2025) o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para adiar os depoimentos no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As audiências estão marcadas para começar na segunda-feira, 19 de maio, e devem se estender até o fim do mês.

A defesa de Bolsonaro alegou ser impossível analisar todas as provas no prazo atual, especialmente após a Polícia Federal ter enviado, em 14 e 15 de maio, três links com documentos que somam quase 40 terabytes de dados. Os advogados argumentaram que iniciar as audiências antes da análise completa desse material comprometeria o direito de defesa.

No entanto, na decisão, Moraes afirmou que a liberação do conteúdo não altera o andamento do processo nem o teor da acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o ministro, “a disponibilização desse material, entretanto, em nada alterou os fatos imputados na acusação, consubstanciada na denúncia oferecida pelo Ministério Público e o conjunto probatório em que foi baseada e que, em um primeiro momento, foram analisados pelo Poder Judiciário em sessão de recebimento da denúncia e cuja instrução probatória terá início com a audiência para oitiva das testemunhas indicadas”.

As oitivas serão realizadas por videoconferência. Não haverá transmissão oficial, mas a imprensa – nacional e internacional – poderá acompanhar os depoimentos por meio de um telão instalado na sala da 1ª Turma do STF. Ainda assim, jornalistas credenciados estarão proibidos de realizar qualquer tipo de gravação.

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Eduardo Bolsonaro expressa insatisfação com o PL por falta de apoio financeiro durante estadia nos EUA

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou descontentamento com o Partido Liberal (PL) por não custear sua permanência nos Estados Unidos. Segundo informações, Eduardo está nos EUA desde 27 de fevereiro de 2025, em um período de autoexílio, e afirmou estar arcando com suas despesas pessoais com economias próprias e apoio do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro .

Valdemar Costa Neto afirma ter tentado ajudar com arrecadação entre deputados

Em resposta às críticas, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, declarou que tentou organizar uma arrecadação mensal entre os parlamentares do partido para auxiliar Eduardo financeiramente. A proposta previa que cada deputado do PL contribuísse com R$ 500. No entanto, segundo Valdemar, Jair Bolsonaro não aceitou a iniciativa e se comprometeu a ajudar pessoalmente o filho com recursos recebidos via Pix de apoiadores .

Possível mudança de partido

A situação gerou insatisfação em Eduardo Bolsonaro, que, segundo fontes, passou a considerar a possibilidade de deixar o PL. Recentemente, ele se reuniu com o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, e com dirigentes do partido em São Paulo, sinalizando uma possível migração para a legenda .

Contexto da estadia nos EUA

Eduardo Bolsonaro afirmou que sua estadia nos Estados Unidos tem como objetivo buscar “sanções aos violadores dos direitos humanos”. Durante o período de afastamento, o parlamentar não recebe seu salário de R$ 46.366,19, conforme previsto no Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Além disso, ele declarou que não pretende retornar ao Brasil tão cedo e que considera solicitar asilo político ao governo dos Estados Unidos .

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A farra dos influenciadores das apostas online está por um fio

Em primeiro lugar, é preciso nomear o que está acontecendo no Brasil: uma verdadeira epidemia digital de vício e endividamento patrocinada por celebridades. Não é exagero — é fato. A indústria bilionária das apostas online se infiltra na rotina da população, travestida de entretenimento, enquanto figuras públicas — de ex-BBBs a ex-jogadores — se tornam os rostos amigáveis dessa armadilha algorítmica.

Mas há uma resistência em curso.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) acaba de apresentar um projeto de lei para coibir a atuação de influenciadores digitais na promoção de apostas online. A proposta altera o Código de Defesa do Consumidor para proibir que celebridades utilizem sua influência para divulgar atividades de “alto risco financeiro e psicológico”, como é o caso dos jogos de azar virtuais.

E por que isso importa? Porque, hoje, a propaganda dessas plataformas é agressiva, emocionalmente manipuladora e amplamente direcionada a jovens e vulneráveis. Os próprios aplicativos usam técnicas de design viciante e notificações constantes para manter o usuário engajado — ou melhor, aprisionado.

CPI das Bets amplia cerco aos astros do Instagram e do TikTok

Por outro lado, a CPI das Bets, em andamento na Câmara, avança numa nova frente: convocar influenciadores e celebridades que se beneficiaram financeiramente com a promoção dessas plataformas. Entre os nomes já citados, figuram artistas, ex-atletas e até cantores de funk e sertanejo.

A lógica é simples e perversa: transformar seguidores em apostadores. Usando códigos de desconto, sorteios e vídeos ostentando ganhos irreais, esses influenciadores não vendem apenas um produto — vendem um estilo de vida baseado em risco e ilusão. É como se vendessem cigarros com glitter.

A CPI investiga ainda possíveis ligações dessas celebridades com esquemas de manipulação de resultados esportivos e fraudes sistêmicas — o que pode indicar que nem tudo é só “azar do jogador”. O buraco, como sempre, é mais embaixo.

Aposta, vício e impunidade: um tripé de destruição social

Acresce que essa indústria opera numa zona cinzenta da regulamentação brasileira. Embora a legalização das apostas online tenha avançado, a fiscalização é ainda incipiente — e os contratos de publicidade com influenciadores se tornam iscas disfarçadas de lifestyle. Um clique num link e pronto: o CPF de um jovem já está comprometido com dívidas que não param de crescer.

E o pior? Enquanto isso, as empresas de apostas seguem faturando bilhões em paraísos fiscais, sem retorno social real, sem responsabilidade com as tragédias que provocam.

É nesse contexto que o projeto de Chico Alencar e a atuação da CPI ganham relevância histórica. Estamos falando de uma tentativa de reconquistar o controle público sobre uma máquina de moer esperanças — e monetizar miséria.

A hora de reagir é agora

Não se trata de moralismo. Trata-se de responsabilidade. A promoção de apostas por influenciadores é, sim, uma questão de saúde pública, de soberania digital e de ética na comunicação. Quantos jovens precisam se endividar antes que se reconheça isso?

Por que esse “bom samaritano digital”, que diz estar apenas “mostrando oportunidades”, não usa sua influência para promover leitura, ciência ou cultura? Simples: porque não rende comissão.

É preciso dizer com todas as letras: celebridade que lucra com a dependência alheia não é “empreendedor” — é cúmplice de uma engrenagem perversa.

A proposta de Chico Alencar e a CPI das Bets apontam para um futuro mais regulado, mais justo e menos enganoso. Mas dependem da pressão popular e da mobilização consciente.

A hora é grave. E perigosa.

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Em 2025, o real brasileiro destacou-se como a quarta moeda que mais se valorizou frente ao dólar, acumulando uma alta de 10,1% até 13 de maio, conforme levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, baseado em dados do Banco Central do Brasil.

Esse desempenho é atribuído a uma combinação de fatores internos e externos. Internamente, a taxa básica de juros (Selic) elevada, atualmente em 14,75% ao ano, tem atraído capital estrangeiro, resultando em um aumento na entrada de dólares no país. Externamente, a diminuição da inflação nos Estados Unidos e acordos comerciais recentes entre China e EUA contribuíram para reduzir o risco de uma recessão global, beneficiando moedas de mercados emergentes como o real.

Além disso, o bom relacionamento do Brasil com seus principais parceiros comerciais, China e Estados Unidos, tem sido apontado como um fator que impulsiona a valorização da moeda brasileira.

Esse cenário positivo contrasta com o desempenho do real em 2024, quando a moeda brasileira foi uma das que mais perderam valor frente ao dólar, sofrendo uma desvalorização de 21,82%. A recuperação em 2025 reflete uma reversão significativa nas expectativas do mercado e na confiança na política econômica do governo.

A valorização do real tem implicações importantes para a economia brasileira, incluindo a redução da pressão inflacionária sobre produtos importados e o fortalecimento do poder de compra da população. No entanto, também pode representar desafios para o setor exportador, que se beneficia de um câmbio mais desvalorizado.

A continuidade desse desempenho dependerá da manutenção de políticas econômicas que equilibrem o controle da inflação, o crescimento econômico e a estabilidade fiscal.

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Em vídeo publicado nesta sexta-feira (16), o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE) solicitou novas doações via Pix para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Machado, dos R$ 17 milhões arrecadados anteriormente, cerca de R$ 8 milhões já foram utilizados para cobrir despesas judiciais e hospitalares de Bolsonaro, além de custos relacionados à manutenção de seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), nos Estados Unidos.

“Foi depositado em torno de R$ 17 milhões na conta dele e já foi embora metade disso. Quer dizer, em praticamente um ano, já se foi gasto com advogado, com despesa, com tudo, quase R$ 8 milhões”, afirmou Machado.

Machado enfatizou que a campanha de arrecadação é voluntária e transparente, e que os recursos não são destinados a ele ou a Bolsonaro pessoalmente. “Nossa índole é pedir, jamais colocar a mão no que é dos outros, como a esquerda fez com os aposentados”, disse, referindo-se à investigação da Polícia Federal sobre desvios no INSS.

O ex-ministro também destacou que as despesas de Bolsonaro aumentaram nos últimos meses, especialmente devido ao apoio financeiro a Eduardo Bolsonaro, que está licenciado do mandato e atualmente reside nos Estados Unidos. “Aumentou a despesa dele, principalmente porque ele está tendo Eduardo Bolsonaro lá nos Estados Unidos, que ele está ajudando também, não é barato morar nos Estados Unidos”, comentou.

A campanha de arrecadação via Pix foi iniciada em 2023 por aliados de Bolsonaro para auxiliá-lo com despesas legais decorrentes de processos judiciais. O ex-presidente enfrenta diversas ações na Justiça, incluindo um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

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Em meio às especulações sobre possíveis candidatos da direita para as eleições presidenciais de 2026, uma troca de mensagens entre Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid revelou uma sugestão inusitada: lançar o pastor Silas Malafaia como presidenciável.

As mensagens, datadas de 19 de janeiro de 2023, foram obtidas a partir do celular de Cid, que contém mais de 20 mil arquivos, incluindo 158 mil mensagens no WhatsApp. Na conversa, Wajngarten expressa preocupação com a possível inelegibilidade de Jair Bolsonaro e a necessidade de a direita buscar novos nomes para a disputa eleitoral.

“Vou meter o Malafaia. Pode escrever”, afirmou Wajngarten.

Cid questionou a viabilidade da candidatura: “Sério? Tem perna? Interessante.” Wajngarten respondeu destacando a religiosidade do Brasil e a capacidade oratória de Malafaia:

“Nova eleição de outsider. Caso contrário, seremos derrotados. Ele (Malafaia) girando o Brasil, levando a palavra de Deus. Mete um economista locomotiva. O agro virá. O empresariado virá.”

Apesar da sugestão, Malafaia negou qualquer intenção de se candidatar à presidência ou a outro cargo eletivo. Em declaração à imprensa, afirmou:

“Eu não quero saber nada disso. Nem sonho e nem imagino concorrer. Ajudo a eleger vários deputados, mas não vou me candidatar. Quando você participa de um partido você é parte da sociedade. Eu sou do todo.”

A revelação dessas conversas ocorre em um momento de incerteza na direita brasileira, com a inelegibilidade de Bolsonaro e a busca por novos nomes que possam representar o campo conservador nas próximas eleições.

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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, atualmente residindo nos Estados Unidos, propôs à administração de Donald Trump que imigrantes brasileiros detidos nos EUA, suspeitos de envolvimento com facções como o PCC e o Comando Vermelho, sejam enviados para cumprir pena na megaprisão de El Salvador, conhecida como CECOT. A prisão é alvo de denúncias internacionais por violações de direitos humanos.

A proposta inclui a classificação dessas facções como organizações terroristas estrangeiras, medida já rechaçada pelo governo brasileiro. Segundo o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubo, o Brasil não reconhece tais grupos como terroristas, mas sim como organizações criminosas.

A articulação de Eduardo Bolsonaro ocorre em meio a críticas sobre sua permanência nos EUA e sua atuação política fora do país. Especialistas alertam para os riscos de tal medida, que pode afetar negativamente a comunidade brasileira nos Estados Unidos e violar princípios básicos de direitos humanos.

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A direita brasileira vive um momento de tensão. Com Jair Bolsonaro inelegível até 2030, o clã Bolsonaro busca manter sua influência política. No entanto, Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, tem sido cortejado por setores da terceira via como uma alternativa à presidência em 2026.

Na quarta-feira (14), em entrevista ao UOL, Jair Bolsonaro evitou declarar apoio a Tarcísio, sinalizando descontentamento com a possível candidatura do governador. Eduardo Bolsonaro, por sua vez, tem reforçado críticas a Tarcísio, alinhando-se ao pai na tentativa de desestabilizar a ascensão do governador como figura de destaque na direita.

A movimentação de Tarcísio em direção a uma candidatura presidencial tem gerado desconforto no núcleo bolsonarista. A terceira via, buscando uma alternativa a Lula, vê em Tarcísio uma figura capaz de aglutinar apoio conservador sem as controvérsias associadas a Bolsonaro.

A divisão expõe um racha na direita brasileira, com o clã Bolsonaro tentando manter sua hegemonia política enquanto novos nomes ganham destaque. A disputa interna pode enfraquecer a oposição e beneficiar adversários políticos nas próximas eleições.

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