PF diz que Abin Paralela enviou informações ilegais a Bolsonaro e Carlos
Relatório da Polícia Federal revela que a “Abin Paralela” monitorava adversários e repassava dados clandestinos diretamente a ex‑presidente e seu filho — escândalo de espionagem em estrutura estatal.

Iniciamos com a frase‑chave: Abin Paralela enviou informações ilegais. O relatório da Polícia Federal afirma que Jair Bolsonaro e seu filho Carlos eram destinatários de informações clandestinas produzidas pela estrutura paralela da Abin durante o governo Bolsonaro. Os dados ilegais alimentaram estratégias políticas e digitais, incluindo propagação de fake news e ataques ao sistema eleitoral.
Relação direta com Bolsonaro e Carlos
Segundo a investigação, a Abin estruturou um núcleo de espionagem comandado por Alexandre Ramagem, que monitorava adversários políticos, ministros do STF, jornalistas, auditores e servidores. O material produzido era remetido aos Bolsonaro, que teriam usado para tomar decisões políticas, defesas judiciais e ações online guardadas nas redes sociais.
Estratégia digital e ataques no discurso oficial
Parte das informações enviadas foi utilizada no chamado “gabinete do ódio” — operação de desinformação acionada em redes e plataformas coordenadas por Carlos Bolsonaro. Também houve vazamentos estratégicos para justificar críticas às urnas eletrônicas e rebatidas políticas via lives presidenciais, com dados sigilosos recebidos da estrutura paralela.
Instituições monitoradas e modus operandi
A Abin acessava localizações por meio do software israelense FirstMile, rastreava autoridades via celulares e compunha dossiês ilegais sem autorização judicial. Sob o controle informal da cúpula palaciana, a agência tornou-se instrumento de guerra política contra a democracia.
Repercussão jurídica
O relatório final, com mais de 800 páginas, já foi enviado ao STF. Todos os envolvidos — ex-presidente, filho, diretores da Abin, técnicos e assessores — foram indiciados. Agora, cabe à PGR decidir se oferece denúncias formais com base nos graves indícios de espionagem institucional.
Perguntas para refletir
- Até onde o uso ilegal de inteligência por figuras públicas pode abalar a credibilidade do Estado?
- A quem interessa que o Estado vaze dados para favorecimento político?
- Quando a espionagem institucional rompe com limites democráticos e vira crime de lesa‑pátria?
Conclusão
A conclusão da PF é evidente: a Abin Paralela violou o Estado de Direito ao enviar informações ilícitas aos Bolsonaro. O escândalo expõe o aparelhamento político da inteligência nacional e exige resposta firme das instituições — o STF e a PGR agora decidem se o Estado contra‑ataca ou se a impunidade comunica um precedente devastador.
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