Israel x Irã: o perigo nuclear surge em meio à guerra de mísseis
Com arsenais nucleares entrelaçados à escalada militar, o conflito entre Israel e Irã ganha contornos ainda mais delicados

Contexto militar
Desde o início da ofensiva israelense contra o Irã — centrada em ataques a instalações nucleares e bases militares — uma resposta em massa foi esperada de Teerã. O Irã retaliou com centenas de mísseis e drones contra alvos israelenses, incluindo áreas residenciais em seguida aos golpes estratégicos israelenses.
Arsenal nuclear em foco
- Israel possui um arsenal estimado em cerca de 90 ogivas, operando sob uma política de “ambiguidade nuclear” — sem reconhecimento oficial, mas reconhecido internacionalmente como potência nuclear.
- Irã ainda não admite oficialmente possuir armas nucleares, mas acumula nível de enriquecimento de urânio compatível com armamento (até 60%) e, segundo relatos israelenses, pode ter capacidade para produzir entre nove e quinze ogivas atômicas.
Por que isso é perigoso
A conflagração por agora utiliza mísseis e drones, mas o acúmulo de arsenais atômicos tecidos sob ameaças pode transformar um confronto convencional em enfrentamento nuclear.
Mísseis iranianos poderiam ser equipados com ogivas não convencionais, e Israel tem doutrina estratégica — chamada “Opção de Sansão” — que prevê uso de armas nucleares em caso de ameaças existenciais.
O que esperar
- A ameaça retórica, como declarações afirmando que “Israel será levado ao pó”, agora tem eco na capacidade de dissuasão nuclear de ambos. Um erro de cálculo ou ataque a instalações estratégicas pode desencadear resposta nuclear.
- A comunidade internacional reage com alarmismo e solicitações urgentes de mediação, visto o risco de escalada de destruição global.