Os áudios de Cid a advogado revelam desabafo cru: “Quem se f… fui eu”
Ex‑ajudante de Bolsonaro desabafa sobre perdas pessoais e acusações no processo do golpe, questionando a delação e expondo desconfortos com STF e PF.

A frase‑chave diz tudo: áudios de Cid desabafam, revelando o peso emocional que o delator carrega — e também colocam em xeque pontos centrais de sua versão. Em áudios encaminhados ao STF, Mauro Cid afirma que perdeu tudo enquanto antigos aliados, inclusive o ex‑presidente, “ganharam milhões em Pix” — seguida de um estéril “Quem se f… fui eu”.
O teor dos áudios: críticas e ressentimento
Nos trechos divulgados, Cid desabafa com seu advogado, relatando roteiro de perdas: carreira militar interrompida, família exposta, amizade rompida. Ele também questiona a inclusão da palavra “golpe” em sua delação: afirma que nunca a usou durante o depoimento, mesmo sob pressão. O tom é de revolta com a PF e o STF, acusados de querer moldar o conteúdo entregue por ele.
Procedimento irregular? Voluntariedade comprometida
Esses áudios surgem no contexto da contestação apresentada pelos advogados de réus do processo, pedindo a anulação da delação. Eles afirmam que Mauro foi coagido, que houve condução excessiva — se isso for confirmado, a delação pode perder sua validade jurídica.
O ministro Alexandre de Moraes determinou que a Meta forneça dados sobre o perfil usado por Cid, para verificar autenticidade e eventuais violações das medidas cautelares que proibiam contato com investigados.
Repercussões e riscos institucionais
No campo jurídico, há risco real de debilitação do acordo de delação, que é um dos pilares da acusação contra o núcleo do golpe. No político‑institucional, o estrago é grande: expõe desconfiança, pressão institucional e possível falta de apoio político ao delator. A pergunta ecoa: quem se beneficiou — e quem pagou o preço?
Perguntas retóricas para refletir
- Se o delator foi guiado a mencionar “golpe”, ainda é voluntária a colaboração?
- Os sentimentos expostos nos áudios invalidam oficialmente a delação premiada?
- Em que medida uma delação fragilizada abala investigações sobre falhas institucionais?
Conclusão
Os áudios de Mauro Cid lançam uma sombra sobre a delação que sustenta a acusação do golpe. Se as afirmações derrubam sua credibilidade, o impacto reverbera no STF, na PGR — e, sobretudo, na arquitetura institucional do caso. A sociedade precisa observar: a crise é sobre narrativas, pressão judicial e — principalmente — responsabilização.
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