Bolsa Família salvou mais de 700 mil vidas e evitou 8 milhões de internações em 20 anos, aponta estudo
Pesquisa publicada na revista The Lancet Public Health revela impacto significativo do programa na saúde pública brasileira entre 2004 e 2019

Um estudo publicado na revista científica The Lancet Public Health revelou que o Programa Bolsa Família evitou mais de 700 mil mortes e cerca de 8 milhões de internações hospitalares no Brasil entre 2004 e 2019. A pesquisa analisou dados de 3.671 municípios, abrangendo 87% da população brasileira, e destacou os impactos positivos do programa, especialmente entre crianças menores de cinco anos e idosos com mais de 70 anos.
Resultados do estudo
Os pesquisadores observaram que, em municípios com maior cobertura do programa e valores mais altos repassados às famílias, a mortalidade infantil caiu 33% e as internações de idosos foram reduzidas pela metade. As projeções indicam que, caso o Bolsa Família seja ampliado até 2030, outras 683 mil mortes e mais de 8 milhões de internações podem ser evitadas.
Importância das políticas de transferência de renda
A pesquisa foi conduzida por Rômulo Paes de Sousa, do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE-Fiocruz), Daniella Cavalcanti, da Universidade Federal da Bahia, e Davide Rasella, da Universidade de Barcelona. Segundo os autores, políticas de transferência de renda bem estruturadas, como o Bolsa Família, não apenas combatem a pobreza, mas também têm efeitos diretos na saúde da população brasileira.
Conclusão:
Os resultados do estudo reforçam a importância de programas de transferência de renda condicionada, como o Bolsa Família, na promoção da saúde pública e na redução das desigualdades sociais. A continuidade e ampliação dessas políticas são essenciais para garantir a proteção das populações mais vulneráveis e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU.
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