Ex-presidente afirma contar com apoio de "país do norte" e exalta retorno de Trump, enquanto Eduardo articula sanções contra Moraes nos EUA

Em discurso no 2º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal, realizado nesta sexta-feira (30/5) em Fortaleza (CE), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou contar com o apoio de um “país do norte”, em referência aos Estados Unidos, para reverter sua inelegibilidade no Brasil. Bolsonaro também exaltou o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, traçando paralelos entre suas situações políticas.


Apoio de Trump e dos EUA

Durante o evento, Bolsonaro declarou: “Tenho certeza de que venceremos. Não é fácil, mas nós venceremos, com ajuda de Deus e também com ajuda de outro país lá do norte. Enganam-se aqueles achando que só nós temos condições de reverter esse sistema. Não temos. Precisamos de ajuda de terceiros. E tem vindo na hora certa”. Em seguida, celebrou a volta de Donald Trump à presidência dos EUA, comparando com sua própria derrota em 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT): “Ele sofreu quando perdeu as eleições, e aqui, de forma semelhante, outra pessoa assumiu a Presidência”.


Atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA

Bolsonaro também defendeu a permanência de seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos. Segundo o ex-presidente, “Se estivesse aqui, não seria um passaporte. Com toda a certeza, seria uma prisão”. Eduardo está licenciado da Câmara dos Deputados desde março deste ano e reside nos EUA, onde tem buscado apoio de parlamentares americanos para que o ministro Alexandre de Moraes e outros membros do STF sejam sancionados por autoridades americanas.


Possíveis sanções dos EUA a autoridades brasileiras

Na última semana, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que o ministro Alexandre de Moraes pode ser alvo de sanções norte-americanas com base na Lei Global Magnitsky, que permite punições a estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção. Aliados de Bolsonaro veem essa possibilidade como resultado do “trabalho” de Eduardo Bolsonaro nos EUA.


Reações no Brasil

As declarações de Bolsonaro e a atuação de Eduardo nos EUA geraram críticas no Brasil. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que Eduardo “usa uma potência estrangeira para tentar proteger seu pai”, acusando-o de praticar coação no curso do processo e de atentar contra a soberania nacional. Lindbergh apresentou uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR), que resultou na abertura de inquérito para apurar possíveis crimes de coação no curso do processo, obstrução da Justiça e abolição do Estado Democrático de Direito.


Conclusão:

As recentes declarações de Jair Bolsonaro e a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos evidenciam uma estratégia da família Bolsonaro de buscar apoio internacional para enfrentar as investigações e processos judiciais no Brasil. A possível interferência de uma potência estrangeira nas questões internas do país levanta preocupações sobre a soberania nacional e o respeito às instituições democráticas brasileiras.


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2 comentários sobre “Bolsonaro apela a Trump e EUA para reverter sua inelegibilidade no Brasil

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