Bolsonaro pode ser condenado em agosto e preso em outubro, segundo advogados e aliados
Advogados do processo sobre a tentativa de golpe esperam que o STF conclua o julgamento em agosto, com prisão prevista para outubro, caso não sejam acolhidos embargos recursais.

O que está acontecendo
Segundo advogados e aliados de Jair Bolsonaro, o calendário processual do Supremo Tribunal Federal (STF) indica que:
- Os interrogatórios dos oito réus do chamado “núcleo central” — entre eles Bolsonaro — foram concluídos em 10 de junho.
- As defesas têm cinco dias para requerer diligências adicionais; há expectativa de pedidos, mas com grande chance de indeferimento por parte do relator, ministro Alexandre de Moraes.
- A Procuradoria-Geral da República (PGR) terá 15 dias para apresentar suas alegações finais, prazo que também valerá para as defesas, incluindo a de Bolsonaro.
- Prevê-se o encerramento dessa fase entre julho e agosto, com possível definição dos votos e relatório final do relator ainda em agosto.
- Em caso de condenação, Bolsonaro poderia recorrer via embargos em setembro, mas analistas acreditam que as chances de reversão são pequenas.
- Se mantida a condenação, a ex-pectativa é que o ex-presidente seja preso em outubro, quando esgotadas as opções de recursos internos.
Esse prognóstico é suportado por publicações da Folha de S.Paulo e Brasil 247, baseadas em relatos de advogados e aliados do ex-presidente.
O que dizem os especialistas
- A conclusão dos interrogatórios fecha oficialmente a fase de instrução probatória. A partir daí, o cronograma segue com alegações finais, voto do relator e julgamento — potencialmente encerrado até o recesso de julho-agosto.
- Caso haja condenação, a prisão só será determinada após o julgamento dos embargos, o que pode levar até outubro .
- A defesa deve usar todos os recursos possíveis, mas relator e ministros indicam rigidez quanto a novos pedidos de diligência, o que acelera o rito processual.
Implicações políticas e institucionais
- Para o STF: um ritmo acelerado reforça o protagonismo da Corte no enfrentamento de ameaças institucionais, mas também pode gerar críticas políticas por suposta “rapidez motivada” em processos envolvendo ex-presidente.
- Para Bolsonaro e aliados: a prisão futura representa uma transição dramática — de liderança nacional a réu condenado e preso — e coloca o PL diante de um vácuo de poder que precisarão preencher.
- Para a base bolsonarista: há mobilização em torno da ideia de “rei preso”, com grupo já articulando ações e narrativas para eventuais momentos de incomunicabilidade do ex-presidente
1 comentário em “Bolsonaro pode ser condenado em agosto e preso em outubro, segundo advogados e aliados”