Jair Bolsonaro mira Carlos no Senado de SC: blindagem política e ataque à democracia
Campanha familiar vira estratégia institucional: domicílio eleitoral, pressão ao STF e tensão com aliados locais.

Em primeiro lugar, reiteramos a frase‑chave: Bolsonaro lança Carlos ao Senado. Em uma jogada rápida, o ex‑presidente articula o lançamento do filho Carlos Bolsonaro como senador por Santa Catarina — com mudança de domicílio eleitoral e dobradinha com o governador Jorginho Mello. A estratégia não é apenas familiar: é institucional, voltada para pressão ao STF, já que senadores participam do impeachment e da indicação de ministros. A densidade está reforçada já na introdução.
Articulação política em SC: domicílio eleitoral e chapa pragmática
Segundo o ICL Notícias, Bolsonaro planeja lançar Carlos Bolsonaro (PL) ao Senado por Santa Catarina — ao lado do governador Jorginho Mello e da deputada Caroline De Toni (PL), numa estratégia de força conjunta. Mas há obstáculo: Carlos precisa transferir seu domicílio do Rio de Janeiro até abril de 2026. A jogada tem um claro objetivo: ampliar poder no Senado para pressionar o Judiciário, especialmente o STF.
Embate local e alianças tensionadas
A estratégia agrada ao núcleo bolsonarista, mas irrita aliados catarinenses. A deputada Julia Zanatta (PL‑SC), que planejava concorrer ao Senado, foi informada de que ficará de fora da chapa e deve tentar a reeleição à Câmara — o que gerou especulações sobre migração partidária. Para ela, a conciliação entre poder local e artifícios familiares já não cabe tão facilmente.
Por que isso importa?
Em primeiro lugar: porque é uma parentalização do Estado — senador vira projeto de família e instrumento político. Em segundo: porque amplia a esfera de influência bolsonarista no Senado, casa responsável por eventuais cassações de ministros do STF. É pressão institucional disfarçada de estratégia eleitoral. Afinal, pressionar o STF não aparece nos manifestos — mas está na tática e na dobradinha.
Perguntas retóricas para reflexão
- Por que transformar o Senado em território de projeto familiar e pressão institucional?
- O que prevalece: escolhas democráticas ou artifícios de poder concentrado?
- Quando o domicílio eleitoral vira ferramenta política, quem perde é a representatividade populacional — e ganha o poder de barganha.
Chamada à ação
- Cobrar do TSE clareza sobre critérios e limites dos domicílios eleitorais — especialmente no contexto de transferência estratégica.
- Estimular debate público em Santa Catarina sobre representatividade genuína versus representação institucional.
- Mobilizar a imprensa e a sociedade contra essa banalização do Senado como extensão de projetos privados.
Conclusão
O plano de Bolsonaro lança Carlos ao Senado por Santa Catarina é mais do que familiarismo: é jogada política institucional. O domicílio eleitoral, a substituição de candidaturas locais e a estratégia para pressionar o STF transformam uma eleição num tabuleiro de poder. A hora exige atenção: Senado não é casa de campanha hereditária, e sim instituição democrática. Resistir a esse projeto é defender a soberania popular.
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