Bolsonaro nega ter pressionado ministro por relatório sobre urnas
Durante depoimento no STF, ex-presidente afirmou que “jamais” pressionou qualquer ministro — inclusive o da Defesa — para emitir relatório contra as urnas eletrônicas, contradizendo o depoimento do ex-ajudante Mauro Cid.

Nesta terça-feira (10), em seu depoimento à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou: “Jamais pressionei seja o ministro que for”, dizendo categoricamente não ter pressionado o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, para que as Forças Armadas elaborassem um relatório crítico ao sistema de urnas eletrônicas.
Bolsonaro acrescentou que o relatório foi produzido com seu “acordo”, mas sem qualquer intimidação, reforçando que não houve “pressão em cima dele”. A declaração contrasta diretamente com o depoimento de Mauro Cid — ex-ajudante de ordens — que afirmou que o ex-presidente desejava um documento mais “duro” contra as urnas, pressionando o ministro para isso.
Contexto
- Mauro Cid depôs na segunda-feira (9) e apresentou relato segundo o qual Bolsonaro pressionou o ministro para incluir críticas mais incisivas ao sistema eleitoral.
- Bolsonaro apresentou no STF uma versão em que qualquer relatório produzido ocorreu dentro de consenso, sem coercividade.
Relevância
Essa divergência entre relatos é central para o andamento do processo sobre tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, pois coloca em evidência possíveis contradições nos depoimentos e questiona a credibilidade dos envolvidos.
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