Bolsonaro nega ter recebido voz de prisão de ex‑comandante do Exército
Em depoimento no STF, Jair Bolsonaro afirmou que não recebeu voz de prisão do ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, refutando relato do ex-comandante da Aeronáutica Baptista Júnior.

Nesta terça-feira (10), durante seu interrogatório na Ação Penal (AP) 2668 no Supremo Tribunal Federal (STF), Jair Bolsonaro negou ter recebido voz de prisão do ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, durante reunião sobre as tentativas golpistas de 2022.
Bolsonaro respondeu ao ministro Luiz Fux que “em hipótese alguma” recebeu qualquer ameaça do general, desmentindo o relato anterior do ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior, que afirmara em depoimento ter visto a ameaça ocorrer .
Ele cumprimentou as Forças Armadas, afirmando que “primam pela disciplina e hierarquia”, e destacou que Freire Gomes também já havia desmentido o episódio:
“Nas Forças Armadas, missão legal dada é missão cumprida. Missão ilegal não é cumprida… aquilo falado pelo brigadeiro Baptista Júnior não procede, tanto é que foi desmentido pelo próprio comandante do Exército.”
Contexto do caso
- O relato de ameaça foi incluído nas investigações pela Polícia Federal e está presente na denúncia da Procuradoria-Geral da República.
- Durante reunião no fim de 2022, o objetivo seria discutir uso de tropas ou medidas como garantia da Lei e da Ordem (GLO) para tentar reverter o resultado eleitoral.
Próximos passos
O STF continuará interrogando outros réus do chamado “núcleo crucial” — entre os quais estão ex-comandantes e ministros militares — até a próxima sexta-feira (13), como parte da fase final antes do julgamento que pode condenar ou absolver os acusados.
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