Flávio Bolsonaro diz que pai teme ser morto na prisão: “já tentaram matá-lo”
Em clima de conspiração e pavor institucional, o discurso bolsonarista transforma temor pessoal em perseguição política — e ameaça instabilidade social.

Em primeiro lugar, fixamos a frase‑chave: Bolsonaro teme ser morto na cadeia. O senador Flávio Bolsonaro afirmou à Folha de S.Paulo que seu pai, se condenado por golpe, teme atentado dentro da prisão — em especial envenenamento — e que “já tentaram matá‑lo” desde o episódio da facada de 2018.
O medo da conspiração institucional
Segundo Flávio, Jair Bolsonaro acredita que “vão fazer alguma coisa com ele na prisão. Um envenenamento, algum atentado. Ele já foi vítima de uma tentativa de assassinato”.
Essa narrativa transita do trauma legítimo da facada por Adélio Bispo em 2018 — registrado oficialmente — ao terrorismo institucional: prisão viraria local de vingança política.
Instabilidade sob justificativa emocional
Flávio ainda afirmou que o clima de “tensão entre os Poderes e eventual condenação pode gerar repercussões imprevisíveis na sociedade e no cenário internacional”. É o discurso usado para escorar o “temor” e legitimar possíveis reações – políticas ou violentas – caso Bolsonaro seja preso.
Perguntas retóricas para reflexão
- Por que transformar a prisão em local de possível execução política?
- Quem se beneficia ao alimentar narrativas conspiratórias contra o sistema de justiça?
- E, mais importante: será que esse medo não serve para articular apoios, polarizar a população e minar o devido processo?
Chamada à ação
- Exigir declarações oficiais do STF, PGR e Direitos Humanos, garantindo segurança aos detentos.
- Cobrar da imprensa que investigue e desmonte narrativas conspiratórias sem provas.
- Mobilizar a sociedade para exigir respeito ao Estado de Direito — mesmo quando se trata de figuras publicamente controversas.
Conclusão
O discurso de Flávio Bolsonaro — “Bolsonaro teme ser morto na cadeia” — usa o medo pessoal para construir narrativa de perseguição política. É uma estratégia discursiva que gera instabilidade e foge ao processo legal. A hora exige imprensa firme, instituições fortes e sociedade atenta: a prisão não é vale-tudo, e direitos existem para todos, até para quem desafia a democracia.