Advogado de Delgatti acusa Bolsonaro e Zambelli: ‘Sabiam de todos os crimes hacker contra o CNJ
"Eles não só sabiam como orientaram" — como as novas revelações podem reabrir investigações contra o ex-presidente

Introdução
O advogado de Walter Delgatti, hacker condenado a 8 anos e 3 meses de prisão por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) novas provas que vinculam diretamente Jair Bolsonaro e Carla Zambelli aos crimes. Em entrevista exclusiva ao Diário do Centro do Mundo, o defensor Ariovaldo Moreira revelou que Delgatti “sempre afirmou estar a mando de Zambelli, com ciência de Bolsonaro”.
As Acusações Detalhadas
- Encontros e pagamentos
- Delgatti reuniu-se com assessores de Zambelli em agosto de 2022 em São Paulo, onde recebeu R$ 10,5 mil via transferência bancária de um ex-assessor da deputada.
- Valor total recebido: R$ 40 mil, parte em espécie, para “serviços tecnológicos” não especificados.
- Provas digitais
- Chats recuperados: Conversas sobre “expor fragilidades do STF” e “criar documentos falsos”.
- Arquivos idênticos: Documentos falsos encontrados nos celulares de Zambelli e Delgatti, incluindo um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes.
- Timing estratégico
- Invasões ocorreram em janeiro de 2023, dias após Bolsonaro chamar Moraes de “ditador” em rede social.
- Conexão com os ataques de 8 de janeiro: STF já associou os crimes a um “contexto de ruptura democrática”.
Reações e Contexto Jurídico
- Defesa de Bolsonaro: Negou qualquer envolvimento, classificando as acusações como “fantasiosas”.
- PGR: Analisa incluir Bolsonaro na denúncia com base nas novas provas.
- STF: Ministros avaliam convocar Delgatti para novo depoimento após o término do julgamento atual (previsto para 16/05).
Impacto Político
- Zambelli: Já condenada a 10 anos de prisão e perda de mandato pelo mesmo caso.
- Bolsonaro: Risco de nova ação penal, somando-se aos processos por atos golpistas de 8/1.
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