Redução do Diesel na Petrobras, Mas o Caminhoneiro Não Vê Diferença na Bomba

Petrobras anunciou mais uma redução no preço do diesel, mas você, caminhoneiro, já sentiu o alívio no bolso? A resposta provavelmente é não. E o motivo é simples: há um conluio entre postos de combustível para segurar o repasse dessa queda e manter os lucros altos. Enquanto o governo tenta baixar os preços, empresários do setor agem em cartel — e o pior: ninguém fiscaliza.

Como Funciona o Cartel dos Postos de Combustível?

Petrobras não vende diesel diretamente ao consumidor — quem faz isso são os postos. E é aí que mora o perigo. Nas grandes cidades, os preços são mantidos artificialmente iguais, como se houvesse um acordo silencioso entre os donos. Isso é crime, mas, na prática, o Procon e o Ministério Público pouco fazem.

Antigamente, havia concorrência: um posto baixava o preço para atrair clientes. Hoje, todos cobram o mesmo valor, como se fossem uma só empresa. Quem perde? O caminhoneiro, o entregador, o trabalhador que depende do diesel para sobreviver.

Governo Reduz, Estados Aumentam: O Jogo de Empurra do ICMS

Não é a primeira vez que isso acontece. Em 2022, o governo federal cortou impostos sobre combustíveis, mas vários governadores aumentaram o ICMS, anulando o benefício. Agora, a história se repete: a Petrobras baixa o preço, mas os postos não repassam.

E sabe por que isso acontece? Porque o Brasil virou terra sem lei para cartéis. Desde os protestos de 2015-2016, as políticas de defesa do consumidor foram enfraquecidas, e os empresários aproveitam para fazer a festa.

O Que Fazer? Pressão Popular e Fiscalização Já!

Se o preço do diesel cai na refinaria, mas não chega ao consumidor, algo está errado. É preciso:

  1. Denunciar postos que não repassam a redução ao Procon e à ANP.
  2. Exigir investigação do Ministério Público sobre possíveis cartéis.
  3. Divulgar amplamente quais postos estão praticando preços abusivos.

A hora é grave. Enquanto o governo tenta aliviar a crise dos combustíveis, empresários gananciosos sabotam a economia. Não podemos aceitar isso.

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