Ministro Fávaro confirma paralisação temporária nas importações chinesas. Agronegócio bolsonarista colhe os frutos do alinhamento cego a Trump e da sabotagem diplomática.

Alerta vermelho no agro: China suspende compra de frango e expõe dependência bolsonarista no comércio exterior

A China suspendeu a importação de frango de uma das principais plantas brasileiras da BRF, localizada em Lucas do Rio Verde (MT). A informação foi confirmada nesta quinta-feira (16) pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que classificou o episódio como “um alerta, mas não uma crise”. Só que, ao contrário do que tenta minimizar o governo, o setor agroexportador entrou em estado de pânico — e não sem razão.

O preço do servilismo bolsonarista a Trump

Essa não é apenas uma questão sanitária. É geopolítica. Durante os anos Bolsonaro, o Itamaraty foi instrumentalizado para atacar a China em nome de um alinhamento submisso com os EUA de Donald Trump. De Ernesto Araújo a Eduardo Bolsonaro, não faltaram provocações, bravatas anticomunistas e sabotagens diplomáticas — tudo para agradar a extrema-direita norte-americana.

O resultado? A maior compradora de alimentos do Brasil já não trata o país com a mesma confiança estratégica. A suspensão da planta em Mato Grosso pode ser o primeiro de outros gestos de pressão silenciosa.

China suspende compra de frango brasileiro — e o agro balança

A unidade atingida é uma das mais importantes da BRF — gigante do setor de proteína animal. Qualquer suspensão de compras chinesas impacta diretamente os números de exportação, o fluxo de caixa das empresas e o emprego no campo. Ainda mais em um cenário de queda global nos preços de commodities e competição acirrada com países como Argentina, EUA e Rússia.

A diplomacia precisa agora correr contra o tempo para reverter o quadro — um esforço que seria desnecessário se o Brasil não tivesse jogado seu prestígio internacional no lixo entre 2019 e 2022.

Dependência estrutural da China e o silêncio do “Agro é pop”

O mais curioso é o silêncio ensurdecedor da bancada ruralista — a mesma que bradava slogans em inglês e fazia arminha nas fazendas. Agora, diante da paralisação das compras por parte do maior parceiro comercial do Brasil, não se ouve um pio.

Será que vão culpar o MST? Ou a Anvisa? Ou o comunismo chinês?

A verdade é simples: o agro bolsonarista apostou na ruptura diplomática e agora colhe a incerteza comercial. O que antes era celebrado como recorde de exportações virou terreno frágil, dependente de uma única potência asiática cada vez mais exigente — e menos tolerante a provocações ideológicas.


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