O ministro Flávio Dino deu prazo de 10 dias para que governo, Congresso e ONGs expliquem manobras que elevariam em R$ 8,5 bi as “emendas de comissão” e a criação de um novo “orçamento secreto” para a Saúde.

O ministro do STF Flávio Dino deu prazo de 10 dias úteis para que o governo federal, o Congresso Nacional e organizações da sociedade civil expliquem dois mecanismos que, segundo ele, ameaçam a transparência na aplicação de recursos públicos:

  • Emendas paralelas: parlamentares teriam utilizado R$ 8,5 bilhões via RP‑2 e RP‑3, supostamente ignorando limites e registros das emendas de comissão.
  • Novo orçamento secreto na Saúde: indícios apontam que cerca de R$ 3 bilhões foram direcionados por parlamentares ao Ministério da Saúde sem identificação nominal como emenda parlamentar — prática que dificulta o controle público.

Esses recursos somariam uma expansão irregular dos montantes além dos R$ 11,5 bilhões já previstos, sinalizando eventuais burla às normas orçamentárias.


Contexto e impacto institucional

  • Em dezembro de 2022, o STF proibiu o orçamento secreto via emendas RP‑9 por violar transparência legal.
  • Em abril deste ano, Dino bloqueou 1.200 emendas da Saúde por falta de prestação de contas.
  • Parlamentares reagem criticando o STF por invadir atribuições do Legislativo, com ameaças de atrapalhar votações na Câmara.

A iniciativa reforça o embate entre Judiciário e Legislativo sobre quem tem controle sobre os recursos orçamentários.


Próximos passos

  • Governo, Congresso e ONGs têm 10 dias úteis para apresentar esclarecimentos.
  • Dependendo das respostas, o STF poderá suspender os repasses ou abrir inquérito para apurar as supostas irregularidades.

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