Deputado licenciado atua nos Estados Unidos para pressionar por sanções contra o ministro do STF, enquanto governo brasileiro reage em defesa da soberania nacional

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou suas investidas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ao atuar nos Estados Unidos para pressionar por sanções contra o magistrado. A escalada de tensões entre os dois tem gerado preocupações no governo brasileiro, que vê nas ações de Eduardo uma ameaça à soberania nacional e à independência do Judiciário.

Desde que se mudou para os EUA em março de 2025, Eduardo tem buscado apoio de autoridades norte-americanas para aplicar sanções a Moraes, alegando que o ministro viola direitos humanos e a liberdade de expressão. Em declarações públicas, o deputado afirmou que não retornará ao Brasil enquanto Moraes não for punido pelo governo dos EUA. Ele também sugeriu que já há um aval das autoridades americanas para aplicar tais sanções.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao STF a abertura de um inquérito para investigar Eduardo por possíveis crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A PGR aponta que o deputado pode estar atuando nos EUA para interferir em investigações contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e outros aliados.

Em depoimento à Polícia Federal, Jair Bolsonaro confirmou ter transferido R$ 2 milhões para o filho nos EUA, justificando que o valor foi destinado a cobrir despesas e garantir o bem-estar de seus netos. O ex-presidente negou que o filho esteja realizando lobby contra autoridades brasileiras, afirmando que Eduardo está apenas “falando a verdade” e que não há “nada de ilegal” em suas ações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu às tentativas de interferência estrangeira nas decisões do STF, enfatizando a importância de respeitar a soberania das instituições brasileiras. Lula criticou as ações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, classificando-as como “terroristas” e acusando o deputado de tentar “lamber as botas de Trump”.

As ações de Eduardo Bolsonaro têm gerado preocupações sobre possíveis sanções internacionais contra autoridades brasileiras. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sugeriu que há uma “grande possibilidade” de o governo norte-americano aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky, que permite punir estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos.


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1 comentário em “Eduardo Bolsonaro intensifica ataques a Alexandre de Moraes nos EUA

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