Deputado licenciado reage a representação que pede sua prisão, acusando governo e PT de perseguição e anunciando “exposição” internacional de adversários

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro reagiu com agressividade ao pedido de prisão apresentado contra ele por Lindbergh Farias (PT). A representação criminal, protocolada nesta quinta-feira (22 de maio), acusa Eduardo de atentado à soberania nacional por suposta articulação de sanções internacionais contra o ministro Alexandre de Moraes. A resposta do parlamentar foi imediata: ele acusou o PT de perseguição e prometeu “expor” o partido e o deputado petista internamente e no exterior.


Pedido de prisão e motivos alegados

A representação de Lindbergh Farias à PGR solicita prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro com base nos seguintes fundamentos:

  • Atentado à soberania nacional por buscar sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes;
  • Abolição violenta do Estado democrático de Direito;
  • Coação no curso de inquéritos relacionados a golpes e milícias digitais.

O documento menciona articulações com Marco Rubio e deputados americanos para pressionar politicamente o Judiciário brasileiro, o que seria visto como tentativa de interferência externa.


A resposta de Eduardo Bolsonaro

Nas redes sociais, Eduardo respondeu de forma contundente. Segundo ele, o pedido foi “mais um chilique dos capachos do tirano” e afirmou que, por isso, decidiu permanecer nos EUA. Afirmou que o PT e Lindbergh também serão “expostos” internacionalmente, ocasionando retaliações e consequências a ambos.

Em tom inflamado, escreveu:

“Dê seus últimos gritos histéricos, esse regime irá acabar e vocês irão pagar pelos seus crimes – aqui e na Justiça final” .

Ele também dirigiu-se ao advogado Kakay, advertindo que seu envolvimento no caso será “exposto” nos EUA.


Repercussões na política e Justiça

  • Liderança do PT reforça que o pedido de prisão de Eduardo é justificável e pede atuação imediata da PGR para investigar possíveis crimes contra a soberania CartaCapitalEstadão.
  • Procuradoria-Geral da República ainda avalia o pedido, sem previsão de manifestação oficial, o que pode incluir eventual determinação sobre passaporte, prisão ou restrições Estadão.
  • Ambientação institucional: o episódio representa escalada nas tensões entre Legislativo e Judiciário, com uso de canais internacionais como instrumento de pressão política.

Análise crítica

A resposta de Eduardo Bolsonaro revela padrão de agressividade verbal e litigância política através de retórica externa. Ao manter-se nos EUA, ele pode estar evitando consequências judiciais no Brasil — o que fortalece a premissa de “fuga” apontada na representação. Por outro lado, as ameaças à oposição e o uso de linguagem incendiária (como “pagamento na Justiça final”) acentuam a polarização e podem servir como instrumentos de intimidação.

A condução do caso pela PGR será crucial. Se mantido em sigilo ou se houver demora, corre-se risco de agravar crise institucional e aprofundar descrédito das instituições. A decisão sobre o passaporte e eventuais medidas cautelares será um marco para o comportamento de figuras públicas diante da Justiça.


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