Eduardo Bolsonaro aposta em anistia para escapar de inquérito no STF
Investigado por coação e obstrução de Justiça, deputado licenciado vê no projeto de anistia uma saída para evitar condenação.

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por possíveis crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A investigação foi aberta após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontar que o parlamentar, atualmente nos Estados Unidos, tem atuado para que o governo norte-americano imponha sanções a ministros do STF e a integrantes da PGR e da Polícia Federal, alegando perseguição política a ele e a seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Anistia como estratégia de defesa
Diante da investigação, Eduardo Bolsonaro vê no projeto de anistia uma possível saída para evitar condenações. A proposta, que visa perdoar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, está sendo articulada por aliados no Congresso Nacional. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou ao ex-presidente Jair Bolsonaro uma nova proposta de anistia, considerada mais branda, com o objetivo de facilitar sua aprovação e reduzir resistências jurídicas .
Reações e implicações
A estratégia de Eduardo Bolsonaro tem gerado reações diversas. Enquanto aliados veem a anistia como uma forma de proteger os envolvidos nos atos antidemocráticos, críticos argumentam que a medida pode representar impunidade para crimes graves contra a democracia. O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, determinou que a Polícia Federal monitore e preserve conteúdos publicados por Eduardo Bolsonaro nas redes sociais e colha o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que declarou ser responsável financeiro pela manutenção do filho nos Estados Unidos.
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