Eduardo Bolsonaro ataca Lula, Moraes e Gonet após abertura de inquérito
Deputado licenciado reage com críticas ao presidente, ao ministro do STF e ao procurador-geral da República após ser alvo de investigação por suposta tentativa de coação e obstrução de justiça.

PGR aponta campanha de intimidação
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por sua atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A PGR atribui ao deputado uma campanha de intimidação e perseguição contra integrantes do STF, da PGR e da Polícia Federal envolvidos em investigações e processos contra bolsonaristas.
Moraes autoriza investigação e medidas iniciais
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, atendeu ao pedido da PGR e autorizou a abertura do inquérito. Além disso, Moraes determinou medidas iniciais, como o monitoramento e a preservação das publicações de Eduardo Bolsonaro nas redes sociais, bem como os depoimentos do deputado e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a decisão, ambos devem ser ouvidos dentro de dez dias.
Eduardo Bolsonaro reage com ataques
Em resposta à abertura do inquérito, Eduardo Bolsonaro publicou um vídeo em suas redes sociais no qual afirma que Gonet e Moraes são “violadores de direitos humanos” e que o Brasil vive um “Estado de exceção”. Ele também sugeriu que o governo dos Estados Unidos tem uma “chance de ouro” de punir o que chamou de “quadrilha tirânica” liderada por Moraes.
Atuação internacional de Eduardo Bolsonaro
Desde que se licenciou do mandato e se mudou para os EUA, Eduardo Bolsonaro tem buscado apoio de congressistas republicanos e membros da administração Trump para pressionar o STF e outras instituições brasileiras. Essa atuação internacional é vista por muitos como uma tentativa de minar a soberania nacional e interferir nos processos democráticos do país.