Mesmo licenciado, Eduardo Bolsonaro gasta verba de gabinete no limite
Deputado federal, mesmo afastado e residindo nos EUA, utiliza R$ 132,4 mil da verba de gabinete em abril, quase atingindo o teto permitido.

Em abril de 2025, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou R$ 132,4 mil da verba de gabinete, quase atingindo o teto mensal permitido, mesmo estando afastado de suas funções parlamentares e residindo nos Estados Unidos desde março.
A verba de gabinete é um recurso mensal destinado ao pagamento de salários de até 25 secretários parlamentares, que prestam serviços de secretaria, assistência e assessoramento direto e exclusivo nos gabinetes dos deputados, em Brasília ou nos estados.
Mesmo durante a licença, o deputado mantém o controle sobre a contratação e os gastos com esses funcionários.
Atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos
Desde sua mudança para os Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro tem se dedicado a articular sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado busca apoio de autoridades americanas para punir Moraes, alegando violações de direitos humanos.
Em resposta, Moraes determinou a abertura de um inquérito no STF para investigar a conduta de Eduardo, que pode ser enquadrada nos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação penal e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Controle remoto do gabinete e gastos públicos
Apesar de estar nos EUA, Eduardo Bolsonaro continua a controlar as contratações e despesas de seu gabinete. O suplente que assumiu sua vaga na Câmara não possui autonomia para realizar contratações sem a autorização do titular.
Essa situação levanta questionamentos sobre o uso de recursos públicos por parlamentares licenciados e a eficácia dos mecanismos de fiscalização da Câmara dos Deputados.