Crítica de Zé Neto à cantora desencadeia investigações do Ministério Público sobre uso de verbas públicas em shows superfaturados

Uma crítica do cantor sertanejo Zé Neto à tatuagem íntima da cantora Anitta desencadeou uma série de investigações sobre o uso de verbas públicas por prefeituras para pagar cachês milionários a artistas, especialmente do gênero sertanejo. O episódio, apelidado de “Efeito Tororó”, revelou contratos superfaturados e levou ao cancelamento de diversos shows financiados com recursos públicos.


A origem da polêmica

Durante um show em Sorriso (MT), Zé Neto criticou Anitta e a Lei Rouanet, afirmando que “não precisa fazer tatuagem no ‘toba’ para mostrar se está bem ou mal” e que “nosso cachê quem paga é o povo”. A fala gerou repercussão nas redes sociais e levou internautas a investigarem os valores pagos por prefeituras a artistas sertanejos.
A produtora da cantora no passado recebeu propostas do gênero mas Anitta recusou. “Falei não”, disse ela.


Investigações e cancelamentos

As críticas de Zé Neto motivaram o Ministério Público a investigar contratos de shows pagos com dinheiro público. Em Mato Grosso, 24 prefeituras estão sendo investigadas por contratações suspeitas. Casos como o de Gusttavo Lima, que teria recebido R$ 1,2 milhão da prefeitura de Conceição do Mato Dentro (MG), foram cancelados após a polêmica. Outros artistas, como Wesley Safadão e a dupla Bruno & Marrone, também tiveram shows cancelados ou investigados.


Reações dos envolvidos

Anitta respondeu à crítica com ironia, dizendo: “E eu achando que tava só fazendo uma tatuagem no tororó”. Gusttavo Lima, por sua vez, chorou durante uma live no Instagram, afirmando ser “massacrado como bandido” por fazer shows pagos por prefeituras. O senador Flávio Bolsonaro prestou solidariedade ao cantor nas redes sociais.


Conclusão:

O “Efeito Tororó” expôs a prática de prefeituras contratarem artistas por valores exorbitantes, muitas vezes sem licitação e com verbas destinadas a outras áreas. A repercussão do caso levou a uma maior fiscalização sobre o uso de recursos públicos em eventos culturais e levantou debates sobre a transparência e a prioridade na aplicação desses recursos.


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