Elon Musk abandona governo Trump após divergência sobre gastos públicos
Bilionário critica projeto de lei orçamentária que aumenta déficit e deixa cargo no Departamento de Eficiência Governamental
Elon Musk anunciou sua saída do governo dos Estados Unidos nesta quarta-feira (28), após cinco meses à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). O bilionário expressou decepção com o projeto de lei orçamentária proposto pelo presidente Donald Trump, que, segundo ele, aumentaria o déficit federal e comprometeria os esforços de redução de gastos.
Divergência sobre o orçamento
Musk criticou publicamente o projeto de lei, apelidado por Trump de “lei grande e bonita”, afirmando que ele contradiz os objetivos do DOGE de cortar gastos desnecessários. Em entrevista à CBS News, Musk declarou: “Fiquei decepcionado ao ver esse projeto de lei de gastos imensos, francamente, que aumenta o déficit orçamentário”.
O projeto de lei, aprovado pela Câmara dos Representantes e em tramitação no Senado, prevê cortes em programas de seguridade social para financiar a ampliação dos cortes de impostos de 2017. Analistas independentes alertam que o déficit poderia aumentar em até US$ 4 trilhões em uma década.
Impacto e críticas
Durante sua gestão no DOGE, Musk implementou medidas de austeridade que resultaram na demissão de dezenas de milhares de funcionários federais. No entanto, ele reconheceu que a burocracia federal era mais complexa do que imaginava, afirmando ao The Washington Post: “A situação da burocracia federal é muito pior do que eu imaginava”.
A Casa Branca tentou minimizar a saída de Musk, com o assessor de Trump, Stephen Miller, afirmando que os cortes propostos pelo DOGE teriam que ser implementados por meio de um projeto de lei separado, conforme as regras do Senado.
Conclusão:
A saída de Elon Musk do governo Trump evidencia as divergências internas sobre políticas fiscais e destaca os desafios de implementar reformas significativas na administração pública. Embora Musk tenha expressado gratidão pela oportunidade, sua decepção com o projeto de lei orçamentária sinaliza tensões entre seus objetivos de eficiência governamental e as prioridades políticas da administração Trump.
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