Franquia de chocolates do senador foi alvo de investigações por lavagem de dinheiro, gerou lucros desproporcionais e agora é alvo de cobrança judicial de ex-sócio por R$ 1,5 milhão. Entenda o caso.

Entre 2015 e 2020, uma franquia de chocolates no Rio de Janeiro movimentou milhões, financiou a compra de uma mansão em Brasília e virou alvo do Ministério Público por suspeita de lavagem de dinheiro das “rachadinhas”. Agora, o ex-sócio Alexandre Santini cobra na Justiça R$ 1,5 milhão que diz ter sido sonegado por Flávio Bolsonaro. O caso revela contradições nos rendimentos declarados pelo senador e expõe um padrão de distribuição desigual de lucros.

1. OS NÚMEROS QUE NÃO FECHAM

  • Lucros desproporcionais: Enquanto Santini recebeu R$ 630 mil em 5 anos, Flávio embolsou R$ 1,7 milhão — incluindo R$ 734 mil só em 2015, quase o valor total do investimento inicial 110.
  • Financiamento suspeito: Em 2021, Flávio declarou ao BRB uma renda mensal de R$ 6,8mil, sendo 50.28,5 mil) provenientes da loja — mesmo após deixar a gestão em fevereiro daquele ano 25.
  • Pagamentos em espécie: Investigação do MP-RJ identificou 1.512 depósitos em dinheiro vivo entre 2015-2018, muitos fracionados para evitar fiscalização. Em um único dia (25/10/2018), foram 33 mil depósitos de R$3 mil.

2. AS ACUSAÇÕES DE LAVAGEM DE DINHEIRO

  • Conexão com as rachadinhas: O MP-RJ apontou que os depósitos em espécie coincidiam com as datas em que Fabrício Queiroz recolhia parte dos salários de assessores na Alerj. A loja teria “lavado” R$ 1,6 milhão.
  • Notas fiscais adulteradas: A franquia vendia chocolates abaixo do preço tabelado, mas lançava valores cheios nas notas — violando regras da Kopenhagen e criando brechas para desvios.

3. A COBRANÇA JUDICIAL DO EX-SÓCIO

Santini alega na Justiça que:

  • Administrava a loja, mas não controlava os repasses: Flávio determinava sozinho valores e datas de distribuição de lucros.
  • Foi prejudicado na venda do negócio: Recebeu R$ 172 mil a menos do que deveria em 2020 1.
  • Tem provas comprometedoras: Afirmou ao Metrópoles: “Se eu quiser, ponho o Flávio na cadeia. Sei tudo da vida dele”

4. A MANSÃO DE R$ 6 MILHÕES E O “DINHEIRO DOCE”

  • Entrada do imóvel: Flávio usou recursos da loja para pagar parte da mansão em Brasília, avaliada em R$ 5,97 milhões.
  • Quitação relâmpago: Financiamento de R$ 3,1 milhões (prazo: 30anos) foi quitado em 16 meses, comparcelas até R$ 997 mil.
  • Defesa frágil: Alegou renda como advogado, mas não tinha processos ativos na OAB-RJ ou OAB-DF.

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1 comentário em ““Doce negócio, amargas polêmicas”: A trajetória da loja de chocolates de Flávio Bolsonaro

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