A estratégia defensiva do senador busca deslegitimar acusações com tom de deboche e teoria conspiratória — uma tática para neutralizar o impacto da denúncia sobre o ex‑presidente.

A expressão tese lunática da PGR ecoou com força durante a entrevista concedida por Flávio Bolsonaro à CNN Brasil. Ele tentou minar a narrativa da acusação por golpe de Estado contra Jair Bolsonaro, afirmando que foi completamente desmontada no depoimento e que o processo precisa ser arquivado imediatamente.


1. Em primeiro lugar: deboche calculado

Flávio acusou os promotores da PGR de apresentarem “delírio completo” ao supor que o golpe teria começado em 2021 e se estendido até os atos de 8 de janeiro — uma forma ruidosa de fazer cair o argumento do Ministério Público.


2. Por outro lado: esvaziamento da denúncia

Segundo o senador, não houve confirmação de réus que tivessem visto a famosa “minuta do golpe”. Ele ironizou: “parece aquela música do Zeca Pagodinho sobre caviar: ‘Nunca vi, nem comi, eu só ouço falar’”, reforçando o vácuo de provas materiais na narrativa da acusação.


3. Perguntas retóricas e metáfora

Por que explorar o tom irônico?

  • É para transformar uma grave denúncia em piada pública e reduzir seu peso político?
  • Ou seria uma maneira de convencer aliados e jornalistas de que não há fato, apenas ficção institucional?

A metáfora do “caviar imaginário” funciona como retórica para ridicularizar o caso.


4. Linguagem coloquial e ironia

Flávio chegou a alfinetar: “Se eu fosse o Paulo Gonet, arquivava tudo de uma vez hoje e pedia desculpas ao Bolsonaro” — uma armadilha para enterrar qualquer chance judicial de avanço.


5. Fundamentação factual

Ele destacou que o depoimento no STF não revelou golpe premeditado, enfatizou que a transição foi normal em 2023 e reforçou que eventuais conversas com militares ficaram estritamente dentro da Constituição — segundo sua narrativa.


6. Contra‑argumentação

A estratégia de Flávio ignora evidências como depoimentos de Mauro Cid, possíveis minutas de decreto golpista e articulações com militares planejadas — elementos que fundamentam a acusação da PGR, não simples boatos.


Apelo à ação

Não podemos permitir que uma tese lunática se transforme em blindagem jurídica. O STF precisa avançar com independência, análise criteriosa das provas e não ceder a encenações retóricas que tentam transformar acusações graves em piadas públicas.


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1 comentário em ““Tese lunática”: Flávio Bolsonaro desautoriza denúncia da PGR contra o pai

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