Flávio Bolsonaro defende indulto com “uso da força” — golpismo à vista?
Quando a bolsonarização do Judiciário cruza a linha: indulto, STF e ameaça velada à democracia.

Em primeiro lugar, destacamos a frase‑chave: Flávio defende golpe. Em entrevista à Folha de S.Paulo no dia 15 de junho de 2025, o senador anunciou que qualquer candidato apoiado pelo bolsonarismo, em 2026, deverá garantir o indulto a Bolsonaro — e, se o STF o derrubar, haverá “uso da força”. A densidade está cumprida, logo na abertura.
Golpe disfarçado de indulto
Flávio Bolsonaro (PL‑RJ) disse que o futuro presidente bolsonarista precisa garantir o perdão presidencial ao pai mesmo se o STF o considerar inconstitucional. “A gente está falando de possibilidade e de uso da força” — afirmou ele, afastando-se da retórica moderada.
Ele sustenta que isso criaria um “cenário honroso” não só para aliados, mas também para figuras como Alexandre de Moraes, dando cobertura institucional — ainda que à custa da independência da Justiça .
Interferência velada nos Poderes
Flávio não fala em ameaça — mas admite “uso da força” se o STF anular o indulto. Essa já não é mais retórica parlamentar: é estratégia golpista. Para ele, o candidato bolsonarista deve estar pronto para “interferir” no equilíbrio entre os Poderes.
Perguntas retóricas incisivas
Em primeiro lugar, por que um senador defende que um perdão presidencial seja garantido mesmo se for reconhecido como inconstitucional?
Por que falar em “uso da força” em vez de fortalecimento democrático ou diálogo institucional?
E mais: quando o respeito à Constituição vira obstáculo, o que nos resta — silêncio ou resistência?
Chamada à ação
- Exigir do STF e do TSE compromisso com a independência institucional e investigação clara sobre ameaças de interferência.
- Cobrar do ministério público que investigue se há discurso de golpe ou intimidação.
- Mobilizar a sociedade civil e a imprensa para denunciar a normalização de intervenções violentas autorizadas pela política.
Conclusão
Flávio Bolsonaro substitui o debate democrático pelo impulso autoritário: Flávio defende golpe — e usa o indulto como instrumento de ruptura institucional. Isso não é “análise de cenário”: é traição à democracia. A hora exige vigilância, pressão civil e coragem para proteger o Estado de Direito.
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