Flávio Dino é alvo de ameaças recebidas pela Ouvidoria do STF
Ministro relata ofensas como “tem que apanhar de murro” e alerta sobre clima de ódio institucional crescente
O ministro Flávio Dino informou ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) que recebeu, por meio da Ouvidoria da Corte, uma mensagem contendo ameaças de violência e insultos. Na carta, o remetente sugeriu que “tem que apanhar de murro” e até convocou “cem homens aí em Brasília” para invadir o STF.
Conteúdo da ameaça
Durante a sessão de quinta-feira (22 de maio de 2025), Dino leu trechos do texto que o classificavam como “canalha” e “rocambole do inferno”, além de incitarem agressão física — “apanhar com murro por cima da cara, arrancar dente por dente” e até “invasão do STF”.
Repercussão institucional
O ministro alertou para o “espírito do tempo”, citando que o ambiente de hostilidade extrapola a internet e pode gerar ações concretas. Ele citou reforço de segurança no STF após tentativas de ataque, como a de novembro de 2024.
Além disso, ressaltou que tais ameaças podem se tornar atos reais e cobrou que o tribunal leve em conta esse contexto na tomada de decisões judiciais.
Contexto do aumento da hostilidade
Esses episódios refletem o agravamento do clima político no Brasil: ministros do STF são alvos frequentes de discursos de ódio e ameaças desde os atos de 8 de janeiro de 2023. Flávio Dino tem sido um dos mais visados — recebendo inclusive monitoramento do tribunal por ameaças anteriores.
Perspectiva crítica
- Violação de segurança institucional: A incitação explícita à violência contra um ministro configura ameaça grave e pode demandar investigação criminal imediata.
- Comportamento institucional: O STF precisa intensificar medidas preventivas, proteção dos magistrados e investigação das origens dessas ameaças.
- Repercussão no debate público: O clima de agressividade impacta a confiança na Justiça; é urgente fortalecer a segurança dos ministros e resgatar padrões de civilidade institucional.
Conclusão
A denúncia feita por Flávio Dino evidencia um ambiente de crescente hostilidade e ameaça contra o STF. Mais do que direcionar críticas, o tribunal e as instituições democráticas devem reforçar mecanismos de proteção e garantir que a mensagem de ódio não se transforme em violência real. O Estado de Direito exige respostas claras: ameaças devem gerar investigações, punições e transparência.
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