Galípolo desafia governo e apoia PEC da autonomia financeira do Banco Central
Presidente do BC defende proposta que amplia independência da instituição, contrariando posição do governo Lula
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, manifestou apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2023, que visa conceder autonomia financeira à instituição. A posição de Galípolo contraria a do governo federal, que tem expressado preocupações sobre os impactos da medida.
Detalhes da PEC 65/2023
A PEC propõe que o Banco Central tenha autonomia para elaborar seu próprio orçamento, contratar pessoal e definir planos de carreira e salários, sem necessidade de aprovação do governo federal. A proposta também prevê que a instituição possa movimentar contas próprias no Tesouro Nacional.
Reunião com senadores e apoio da ANBCB
Em um encontro com senadores, incluindo Plínio Valério (PSDB-AM), relator da PEC, e Vanderlan Cardoso (PSD-GO), autor da proposta, Galípolo defendeu a importância da autonomia financeira para o Banco Central. Simultaneamente, a Associação Nacional dos Auditores do Banco Central (ANBCB) realizou um ato em apoio à PEC, destacando que a medida é fundamental para o aprimoramento institucional da autarquia.
Críticas e preocupações
Apesar do apoio de Galípolo e da ANBCB, a PEC enfrenta críticas de diversos setores. O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) reafirmou sua posição contrária à proposta, argumentando que a autonomia financeira plena pode comprometer o papel do Banco Central como órgão de Estado e reduzir os mecanismos de controle democrático.
Próximos passos
A PEC 65/2023 está atualmente em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O relator, senador Plínio Valério, aguarda sugestões de ajustes no texto por parte do Banco Central antes de avançar com a proposta.
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