General Freire Gomes abre depoimentos no STF sobre trama golpista
Ex-comandante do Exército inicia audiências no Supremo, detalhando pressões de Bolsonaro para apoio a golpe de Estado

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta segunda-feira, 19 de maio de 2025, as audiências de testemunhas no processo que julga o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. O primeiro a depor foi o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, que detalhou as pressões recebidas de Bolsonaro para apoiar um golpe contra o resultado das eleições de 2022.
Freire Gomes relatou que, após a derrota de Bolsonaro nas urnas, foi convocado para reuniões no Palácio do Planalto, onde o então presidente insistia na necessidade de intervenção militar para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. O general afirmou que resistiu às investidas, destacando que o Exército não compactuaria com ações inconstitucionais.
O depoimento de Freire Gomes é considerado crucial para o andamento do processo, pois confirma a existência de articulações golpistas no núcleo do governo Bolsonaro. Além disso, evidencia a tentativa de cooptar as Forças Armadas para legitimar um golpe de Estado.
Outras testemunhas convocadas para as audiências incluem o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), e o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Todos deverão prestar esclarecimentos sobre seu conhecimento e envolvimento nas tentativas de subverter a ordem democrática.
A Procuradoria-Geral da República atribui a Bolsonaro crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, com penas que podem ultrapassar 40 anos de prisão. O julgamento é considerado um marco na defesa da democracia brasileira e na responsabilização de autoridades que atentaram contra a Constituição.
Esse sujeito é um estorvo, é um tumor maligno e uma constante ameaça para a Democracia brasileira