Com a desculpa esfarrapada de “combater a inflação”, o Banco Central transformou o Brasil numa máquina de moer empregos e engordar rentistas. A alta dos juros é um projeto de poder — e ele não é seu.

O GOLPE DOS RENTISTAS: COMO OS JUROS ALTOS ESTÃO DESTRUINDO O BRASIL

Quando quiserem te vender uma tragédia, vão embrulhá-la num discurso técnico. Foi assim com a reforma da Previdência, sob o argumento de que “faltará dinheiro para pagar os aposentados”. Foi assim com a reforma trabalhista, empurrada goela abaixo com o lema “melhor ter emprego do que direito”. E agora, mais uma vez, é assim com os juros pornográficos impostos pelo Banco Central: dizem que são para “controlar a inflação”. Só que não é bem assim.

O discurso é “bonitinho”, mas a lógica é torta. Segundo os manuais econômicos liberais, se há muito dinheiro circulando e poucos produtos, os preços sobem — e, portanto, aumentar os juros serviria para esfriar a economia e evitar a alta dos preços. Mas vamos encarar a realidade do Brasil em 2025: não há escassez de produto. O que há é sabotagem da demanda. Há carros encalhados nos pátios das montadoras, ofertas e promoções pipocando, estoques cheios — mas o povo sem dinheiro. E por quê? Porque o dinheiro foi estrangulado.

Quando o Banco Central aumenta os juros, ele está dizendo à população: “não compre”. E está dizendo aos empresários: “não produza”. O comércio se retrai. O investimento mingua. O emprego some. Os produtos apodrecem nas prateleiras e os carros envelhecem antes de serem vendidos. O produtor rural exporta porque não há consumo interno. E o Brasil? O Brasil vai murchando — por decisão técnica e deliberada do alto comando monetário.

Essa política tem dono. E tem endereço: os rentistas da dívida pública, que vivem de receber juros às custas do sofrimento nacional. Com a taxa Selic alta, cada centavo do superávit vai direto para o bolso dos agiotas financeiros, enquanto a máquina do Estado sangra. E quando falta dinheiro para o SUS, para a educação, para o PAC ou para a transição energética, o governo é forçado a aumentar impostos para fechar as contas. Uma espiral suicida.

Essa é a tragédia silenciosa que ninguém quer te contar: o Banco Central “independente”, obra do governo Bolsonaro, é hoje o maior inimigo da economia nacional. Ele não presta contas ao povo. Não pode ser demitido. Trabalha para o mercado, não para o país. E o pior? Mesmo com Lula na presidência, a política monetária segue intocada — como se os votos não servissem para nada.

E antes que digam “mas o Galípolo foi indicado pelo Lula!”, pense duas vezes. Galípolo repete — e em certos momentos até piora — a ortodoxia neoliberal de Campos Neto, o queridinho do mercado. Mas muitos na esquerda têm medo de criticar, como se lealdade ao governo significasse tapar os olhos para o desastre.

A verdade é dura: o Brasil está sendo deliberadamente desindustrializado, com fábricas fechando, jovens desempregados e o setor público manietado — tudo isso para garantir o lucro fácil e garantido dos donos do dinheiro. Não é combate à inflação. É extermínio da soberania econômica. É sabotagem nacional.

E enquanto a mídia finge neutralidade, os rentistas fazem a festa. A conta? Você paga. Na gasolina, no feijão, no aluguel e nos sonhos adiados.

Assista a análise completa:

O golpe dos rentistas: Como os juros altos estão destruindo o Brasil!

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1 comentário em “O golpe dos rentistas: Como os juros altos estão destruindo o Brasil e saqueando seu futuro – Por Leonardo Stoppa

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