Haddad denuncia calotes do governo Bolsonaro e acusa oposição de recuar do debate
Em audiência na Câmara, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acusou o governo Bolsonaro de atrasar pagamentos a programas sociais e pediu que parlamentares de oposição enfrentem o tema em vez de abandonarem o debate.

O ministério da Fazenda ganhou forte protagonismo recente na Câmara dos Deputados, e o ministro Fernando Haddad acendeu o debate ao denunciar o que chamou de “calote” do governo Bolsonaro em relação a repasses orçamentários. Em clima de embate político, Haddad acusou ministros do governo anterior de atrasarem pagamentos essenciais — como os de precatórios e repasses a estados — e criticou a passividade de parlamentares da oposição, afirmando que muitos preferem “molecagem” em vez de enfrentar o tema que impacta diretamente a população em situação de vulnerabilidade.
Principais destaques
- “Calote” em precatórios e governadores
Haddad afirmou que o déficit fiscal de 2023 decorreu de dívidas do governo anterior que ficaram sem pagamento. Ele estimou os atrasos em cerca de R$ 130 bilhões, fruto do não pagamento de precatórios e remessas a estados. - Resposta a ataques da oposição
Em tom duro, impôs uma resposta aos deputados bolsonaristas que o criticavam por déficit e aumento de impostos. Ele enfatizou que não tinha “dado calote”, mas pago o que foi deixado por Bolsonaro . - Bate-boca com deputados
Haddad criticou parlamentares opositores por usar “fake news” para atacar seu discurso fiscal e disse que alguns estavam mais preocupados em “lacrar” nas redes do que debater medidas. Ele citou até que “vocês negam que a Terra é redonda, negam que a vacina previne, negam que deram calote”. - Exame de DNA retórico
Em frase de efeito, Haddad disse: “Esse déficit não é nosso, o filho é teu (…) Faz um exame de DNA que você vai saber quem deu calote” — reforçando a ideia de que o problema é responsabilidade do governo anterior.
Por que isso importa
- Reforço do discurso fiscal do governo Lula
O ministro expôs a origem do rombo orçamentário, sustendo o argumento de que parte do déficit atual é carregado do governo Bolsonaro. - Pressão sobre a oposição
Ao acusar os deputados de ignorarem o tema, Haddad busca deslegitimar críticas sobre os aumentos tributários, invertendo o discurso para a responsabilidade fiscal. - Espaço político e exposição midiática
O embate acirrado na Câmara reforça a postura combativa do governo em temas fiscais, aproveitando momentos para visibilidade pública.
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