“Não é o caso da PF agir”, diz Lewandowski sobre suposto espionagem russa no Brasil
Ministro Ricardo Lewandowski minimiza alerta do New York Times sobre agentes russos e defende que não há indícios de ação em escala da Polícia Federal

O ministro Ricardo Lewandowski afirmou nesta quinta-feira (22 de maio de 2025) que, apesar de reportagem do New York Times sugerir uso do Brasil como base por agentes russos, não há evidência de “ação em larga escala” que justifique intervenção da Polícia Federal. A informação segue sob análise do STF, Abin e demais órgãos de inteligência.
Contexto da reportagem do New York Times
Segundo a reportagem, agentes russos teriam operado no território nacional ao longo dos últimos anos, utilizando identidades brasileiras falsificadas para atividades sob cobertura diplomática ou comercial. A PF ainda não foi acionada para uma investigação formal.
Declaração de Lewandowski
Para o ministro, “não há nada de concreto […] de que há uma ação em larga escala de espiões, sejam da Rússia, sejam de qualquer país. Nossas autoridades (…) estão atentos”.
Ele afirmou também que o caso está sendo acompanhado pelo STF, pela Polícia Federal e pela Abin, mas sem elementos que justifiquem atuação imediata da PF: “não é o caso da Polícia Federal ingressar na questão”.
A avaliação institucional
O argumento de Lewandowski se apoia na ausência de provas concretas até o momento. Apesar da repercussão do alerta internacional, o governo brasileiro mantém a posição de que qualquer decisão sobre eventual investigação dependerá de sinalização formal do Supremo — mantendo procedimentos formais e cautelares.
Agentes da Abin e das Forças Armadas acompanham o caso, mas esbarram na dificuldade de verificar a real dimensão da suposta presença russa — especialmente diante do uso de documentos falsificados.
Perspectiva crítica
A declaração de Lewandowski passa uma mensagem de racionalidade institucional — mas também pode gerar apreensão, pois delega toda a responsabilidade ao STF, deixando em segundo plano a capacidade ativa da Polícia Federal. Em um cenário de espionagem estrangeira possível, a ausência de investigação imediata pode ser encarada como subestimação do risco.
O ideal seria acelerar a coleta de indícios e fortalecer atuação da Abin junto à PF, sem depender exclusivamente do aval judicial. Um país sério e soberano exige vigilância proativa e uma resposta clara diante de ameaças — mesmo que ainda embrionárias.
Parabéns, Leonardo Stoppa pelo jornal Notícias Progressistas!
Engraçado esse papo de espião russo, ninguém fala do Departamento de Justiça estadunidense contratando brasileiros para destruir a Petrobrás e as empreiteiras brasileiras, né?